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'Falsa segurança', diz mineira que morou nos EUA sobre política armamentista

Morando em BH, a mineira já morou em Portland, cidade que tem cerca de 652 mil habitantes, população semelhante a de Contagem, na Grande BH

Rastro101
Com informações do site O Tempo

31/05/2022 por Redação

Divulgação/O TempoDivulgação/O TempoAtualmente em Belo Horizonte, a psicóloga Giovanna Rozza de Faria, de 40 anos, morou em Portland, no estado costeiro de Oregon, por quase uma década, antes de retornar ao Brasil, em 2020. Nos Estados Unidos, ela relata que nunca se sentiu segura com a política armamentista.

“Eu perdi as contas de verdade de quantas vezes  a gente soube de um massacre. Porque aqui no Brasil só chegam esses que são enormes, que matam mais de 6, 7 pessoas. Mas já houve várias ocasiões em que alguém matou 3, 4, 5 pessoas. Sem exagero, semanalmente a gente sabe que houve algum tiroteio em que alguém mata pessoas aleatoriamente”, relembrou.

A mineira conta que em algumas cidades era comum encontrar lojas em bairros residenciais comercializando armas. “Isso já deixava a gente assustado, porque era estranho. De um lado tinha sorveteria, um pet shop e do lado uma loja de armas”, constatou. Durante a estadia nos Estados Unidos, Giovanna trabalhou em um hospital com serviço social e psicologia hospitalar. 

Por algumas vezes, ela foi submetida a treinamentos sobre como agir em caso de ataques armados. “Era bem complexo. Eles colocavam cenários possíveis, ensinavam rotas de fuga em cada setor, onde ficavam os vários botões emergenciais, em que lugares se esconder”, detalhou.

Outro hábito vivenciado foi a mudança de comportamento no trânsito. Diferente do que ocorre no Brasil, as reclamações por manobras erradas no trânsito não são bem aceitas pela população norte-americana. 

“Tive que aprender a não virar e falar ‘poxa, presta atenção’, ou de falar algo de forma irritada por medo de um maluco pegar uma arma e dar um tiro no meio da avenida”, justifica. Questionada sobre os motivos que a trouxeram de volta ao Brasil, ela cita a pandemia da Covid-19 e, também, a segurança. 

“Existe uma falsa segurança de morar lá e acreditar que está mais seguro que aqui no Brasil. Mas aqui, sendo de classe média e sabendo quais lugares evitar, é menos provável de acontecer um tiroteio aleatório sendo um cidadão de classe média aqui, do que lá”, argumenta. 

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