Casas de Grêmio e Inter foram duramente atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul, cenário vivido em outras regiões e países mundo afora As imagens da Arena do Grêmio e do Beira-Rio, casa do Internacional, completamente inundadas pelos temporais que atingiram o Rio Grande do Sul rodaram o mundo. Os gramados impossíveis de enxergar, por conta do alto volume de água acumulada, causam espanto. Mas não chegam a ser casos inéditos.
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Imagens aéreas mostram enchente na Arena do Grêmio
Os rivais de Porto Alegre devem passar mais de um mês sem poder mandar jogos em casa. Em maior ou menor grau, outros clubes já viveram situações semelhantes. Talvez efeito das mudanças climáticas que atingem também o futebol com cada vez mais frequência.
Um bom exemplo de prevenção aconteceu em meados em 2022, quando a Confederação Africana de Nações (CAF) anunciou o adiamento do torneio continental de seleções que aconteceria no ano seguinte na Costa do Marfim.
O período em que a disputa seria realizada, entre junho e julho, é notável para fortes chuvas na região. Quando comunicou o adiamento, o presidente da entidade, Patrice Motsepe, disse que não queria correr o risco de ter uma competição debaixo de um dilúvio.
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Estádio Beira-Rio atingido pela enchente em Porto Alegre
Jogos afetados (ou quase)
No ano passado, dois jogos da Liga das Nações da Concacaf foram prejudicados por tempestades no Caribe em novembro. Na Jamaica, o estádio Independence Park não teve condições de receber o duelo entre a equipe local e o Canadá, sendo adiado para o dia seguinte.
Dois dias depois, o alto volume de chuvas que atingiu a República Dominicana, inclusive com mortes, causou o cancelamento do confronto entre Bahamas e Guiana, pela Liga B da competição da Concacaf.
Jogo entre Canadá e Jamaica é afetado por tempestade
Há exemplos também na Europa na mesma época. Em meados de novembro, Bélgica e Sérvia disputariam um amistoso em Bruxelas, mas o estádio Rei Balduíno foi tomado pela água e provocou a transferência do local da partida.
Já o duelo entre Albânia e Irlanda, pela Liga das Nações Feminina, chegou a iniciar, mas precisou ser paralisado pelas péssimas condições do gramado do estádio Loro Boriçi, na cidade albanesa de Escodra.
De outras maneiras, a água também foi protagonista em outros lugares. Em março do ano passado, chuvas em Santos causaram alagamentos nos arredores da Vila Belmiro, mas o estádio em si não chegou a sofrer consequências.
Estádio Azteca, antes de jogo entre Cruz Azul e América, tomado pela água
Getty Images
Em setembro, a mesma situação no entorno do estádio Azteca, na Cidade do México, às vésperas de um clássico entre Cruz Azul e América pelo campeonato nacional. Apesar disso, a partida foi disputada normalmente.
Diferentemente de algumas situações pontuais envolvendo chuvas, como citadas acima, há exemplos de clubes que viveram realidades similares às que Grêmio e Inter enfrentam no momento.
Abaixo, o ge lista quatro times que tiveram os estádios literalmente cobertos pela água.
Carlisle United (2015-2016)
O time inglês, da cidade de mesmo nome, passou por essa situação entre o fim de 2015 e início de 2016, quando disputava a League Two, a quarta divisão inglesa. Em dezembro, a tempestade Desmond atingiu milhares de britânicos, muitos no condado de Cumbria, onde fica Carlisle. O Brunton Park, estádio da equipe, ficou totalmente inundado, o que obrigou uma mudança temporária. Na época, por mais de um mês, o Carlisle United mandou jogos em outras cidades do Reino Unido.
Estádio Brunton Park, do Carlisle United, alagado
Reprodução
Rangers de Talca (2023)
Fortes chuvas atingiram várias regiões do Chile em agosto do ano passado. Uma das imagens mais impactantes foi do estádio Fiscal de Talca, casa do Rangers, clube que disputa a segunda divisão chilena. O local foi completamente tomado pela água, o que impediu que a equipe disputasse jogos como mandante por mais de um mês. No período, o Rangers precisou se mudar para Cauquenes, cidade a cerca de 100 quilômetros de Talca, para mandar partidas antes de voltar para casa.
Estádio Fiscal de Talca, no Chile, totalmente alagado após as chuvas de agosto
Getty Images
Santa Catarina Clube (2023)
Em novembro do ano passado, Santa Catarina sofreu com os temporais. Uma das cidades afetadas foi Rio do Sul, onde está localizado um time homônimo ao estado e que disputa a Série B catarinense. Com as elevações do rio Itajaí-Açu, o estádio Alfredo João Krieck ficou alagado, inclusive com o gramado submerso. Ao menos no quesito esportivo, a equipe não foi afetada, pois já havia encerrado a temporada.
Estádio Alfredo João Krieck, em Rio do Sul, debaixo da água
Jari Silva
Libertad de Concordia (2024)
Em paralelo às enchentes no Rio Grande do Sul, uma região da Argentina também foi duramente afetada. As cheias do rio Uruguai causaram inundações na província de Entre Ríos. Por lá, o Club Libertad de Concordia compartilhou nas redes sociais a situação de seu estádio, o Parque Mitre. O pequeno time argentino disputa a Liga Concordiense, uma liga regional que faz parte de uma espécie de quinta divisão.
Estádio do Libertad de Concordia, da Argentina, completamente alagado
Club Atlético Libertad/Divulgação
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