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Presidente da Republika Srpska anuncia saída da Bósnia-Herzegovina

A Republika Srpska vai separar-se em breve da Bósnia-Herzegovina, anunciou hoje o presidente desta e...

Rastro101
Com informações do Notícias ao Minuto

23/04/2024 por Redação

Divulgação/Notícias ao MinutoDivulgação/Notícias ao MinutoO líder pró-russo chegou mesmo a ameaçar separar a entidade sérvia com "uma Grande Muralha da China" se, a 02 de maio, a Assembleia-Geral das Nações Unidas adotar uma resolução que comemore o genocídio cometido em 1995 pelas tropas sérvias da Bósnia contra a população muçulmana da cidade de Srebrenica.

"Já nem sequer queremos partilhar o ar com os bósnios, quanto mais outros valores. Acusam-nos de sermos um povo genocida, embora saibam que isso nunca aconteceu", afirmou Dodik, segundo a televisão sérvia bósnia RTRS.
Após a guerra civil, que terminou em 1995, a Bósnia-Herzegovina foi organizada em duas entidades altamente autónomas, uma para os sérvios e outra para os croatas e muçulmanos, no seio de um Estado central.
Dodik fez as suas declarações em São Petersburgo depois de se ter encontrado com Nikolai Patrushev, secretário do Conselho de Segurança da Rússia, que lhe prometeu que Moscovo votaria contra a resolução.
Numa manifestação de massas na quinta-feira, Dodik, que há anos ameaça com a secessão, anunciou que a Republika Srpska se juntaria à Sérvia.
A resolução propõe que o dia 11 de julho seja declarado "Dia Internacional da Memória do Genocídio cometido em Srebrenica em 1995" e condena a negação do genocídio e a glorificação dos criminosos de guerra.
A Sérvia e a Republika Srpska não reconhecem os veredictos do Tribunal Penal Internacional para os crimes de guerra na ex-Jugoslávia (ICTY) cometidos pelas forças sérvias da Bósnia em Srebrenica, onde mais de 8.000 civis muçulmanos foram mortos.
A União Europeia (UE) advertiu no passado fim de semana que as medidas de secessão da Republika Srpska "terão consequências graves".
"Não há lugar na Europa para a negação do genocídio, o revisionismo e a glorificação dos criminosos de guerra", sublinhou a delegação da UE em Sarajevo.
Leia Também: Sérvios-bósnios ameaçam secessão se ONU adotar resolução sobre Srebrenica

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