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Jovem matriculado com cota perde vaga de medicina na USP por não ser considerado pardo

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

01/03/2024 por Redação

O jovem estudante de Cerqueira César (SP) descobriu que perdeu a vaga após seu primeiro dia de aula, na segunda-feira (26). A banca de heteroidentificação não o considerou pardo. O jovem de Cerqueira César (SP) foi aprovado pelo Provão Paulista no curso de medicina da USP, mas perdeu a matrícula
Alison Rodrigues/Arquivo pessoal
Um jovem estudante de 18 anos, morador de Cerqueira César, no interior de São Paulo, perdeu sua vaga no curso de medicina da Universidade de São Paulo (USP), após banca de heteroidentificação não o considerar pardo.
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Alison dos Santos Rodrigues foi aprovado na primeira chamada pelo Provão Paulista no curso mais concorrido da USP. Ele descobriu que perdeu a vaga na última segunda-feira (26), no seu primeiro dia de aula.
Ao g1, Alison explica que sempre se autodeclarou uma pessoa parda, pois se disser a uma pessoa branca que também é branco, a pessoa pode negar a declaração, e o mesmo aconteceria se falasse para uma pessoa negra que se considera negro.
Para não perder a oportunidade de estudar a profissão dos sonhos, Aliso ne sua família entraram com recursos para conseguir a rematrícula. Segundo a advogada do jovem, um processo de tutela antecipada antecedente foi iniciado.
A medida é uma alternativa processual que permite às partes buscarem medidas provisórias de forma rápida, a fim de obter uma resposta à questões urgentes.
O que diz a faculdade?
Em nota, a instituição declarou que a análise das fotografias é feita através de duas bancas de cinco pessoas e é baseada somente em fatores fenotípicos: a cor da pele morena ou retinta, o nariz de base achatada e larga, os cabelos ondulados, encaracolados ou crespos e se os lábios são grossos. Caso a foto do candidato não for aprovada por uma das bancas, ela é direcionada automaticamente para a outra banca.
Nenhuma banca sabe se a foto está sendo analisada pela primeira ou segunda vez, o que garante uma dupla análise cega das fotografias. Ao final do processo, se duas bancas não aprovarem a foto por maioria simples, o candidato é automaticamente chamado para uma oitiva presencial (...) Em relação ao caso específico do estudante Alison dos Santos Rodrigues, a deliberação final se deu na última sexta-feira, dia 23 de fevereiro, e foi enviada no dia subsequente. Importante frisar que todos os candidatos que estavam com recursos sendo analisados sabiam que a matrícula estava condicionada ao resultado das bancas de heteroidentificação. O que o estudante tinha era uma pré-matrícula condicionada ao resultado do processo de heteroidentificação.
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