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Família de coronel é impedida de entrar em imóvel atingido por incêndio e advogado diz aguardar perícia para se manifestar

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

28/02/2024 por Redação

Esposa e filho do militar foram até o prédio para retirar pertences pessoais no imóvel onde ficava arsenal que pegou fogo, mas não conseguiram entrar. Esposa e filho de coronel chegam ao Edifício Fênix, em Campinas, acompanhados de advogados
Pedro Santana/EPTV
O advogado do coronel Virgílio Parra Dias, que armazenava munições, granada e 111 armas em um apartamento que pegou fogo em Campinas (SP), afirmou nesta quarta-feira (28) que vai aguardar os laudos periciais para se posicionar sobre o incêndio.
Acompanhado de Rony Marsico e outro advogado, esposa e filho do coronel estiveram no Edifício Fênix na tarde desta quarta para buscar pertences pessoais, mas não puderam entrar no apartamento por conta de uma interdição.
Ela (esposa do coronel) veio para retirar alguns pertences pessoais: roupas e remédios, mas aí o zelador informou que tem uma determinação para que venha com arquiteto ou engenheiro responsável para que eles possam fazer a reforma do apartamento, então a gente vai entender direitinho o que precisa, afirmou o advogado.
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Rony Marsico disse à EPTV, afiliada da Globo, que o militar e a esposa não estavam no apartamento na hora que iniciou o fogo, por isso, precisa aguardar acesso aos autos para entender o que houve no local.
Eles não estavam em casa, pelo que disseram. A gente está aguardando o resultado da perícia para se manifestar. Ninguém tem, a perícia não saiu a gente tá aguardando a perícia chegar na delegacia, ter acesso aos autos e aí sim a gente pode tentar passar alguma posição mais concreta, disse o advogado.
A EPTV, afiliada da Globo, apurou que o coronel segue internado na UTI do hospital Mário Gatti, em Campinas. Na segunda-feira (26), ele tentou se cortar com um canivete.
Investigado por incêndio e explosão
A Polícia Civil investiga o coronel reformado Virgílio Parra Dias pelos crimes de incêndio e explosão. De acordo com o delegado titular do 1º Distrito Policial José Roberto Micherino Andrade, um inquérito foi instaurado e na segunda-feira (26) foram colhidos os depoimentos do zelador, do síndico do condomínio e do filho de Parra Dias.
Coronel do Exército é investigado por explosões e incêndio em apartamento em Campinas, SP
O delegado agora aguarda resultados de laudo pericial do Instituto de Criminalística, informações da Defesa Civil e do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), além de outras corporações que estiveram no local das explosões. O condomínio Fênix permanece interditado.
Além disso, a Polícia Civil ainda apura a situação do armamento para esclarecer se era ou não regular.
O coronel da reserva Virgílio Parra Dias, de 69 anos
JN
Defesa Civil diz que condomínio teve sorte
Durante esta manhã, agentes da Defesa Civil e do Exército voltaram ao condomínio Fênix para uma nova averiguação e retirada de um possível cofre. O prédio não sofreu danos na estrutura, mas permanece interditado, pois ainda estava sob o risco de novas explosões. A expectativa é de que os moradores possam voltar para casa durante a tarde.
“Eu diria que o condomínio teve muita sorte. Eu acho que a situação, realmente, foi muito mais grave diante da gravidade. Nós não temos um precedente de outra ocorrência desse porte. Uma ocorrência muito grave, uma ocorrência sem precedentes, e que realmente foi muito preocupante”, comentou Sidnei Furtado, diretor da Defesa Civil.
Escombros de apartamento de coronel que armazenava armas e teve série de explosões em Campinas (SP)
Arquivo pessoal
“A intervenção rápida do Corpo de Bombeiros, dos órgãos policiais, do SAMU, foi fundamental porque foi uma situação muito grave. O desespero que essas famílias tiveram aqui no dia foi algo impressionante, algo muito grave. Foi uma situação muito complicada mesmo. Nos impressionou a quantidade de material que foi retirada”, completa.
Ainda segundo Furtado, sem a participação do Exército na retirada do material, a interdição poderia levar, pelo menos, mais uma semana. Nesse período, foram realizadas uma série de varredura para retirada de todo o material com potencial explosivo. O trabalho mais pesado foi concluído, mas a liberação dos apartamentos deve ocorrer aos poucos.
“Nós temos um sistema de geradores lá dentro. Foi solicitado também para que a empresa de manutenção dos elevadores faça também a verificação. Também, depois, será protegido com tapumes toda a área do desse andar, onde ficará interditado. O apartamento [que explodiu] ficará interditado. Só depois que ele for colocado em condições de segurança e estabilidade”.
Armas encontradas em meio aos escombros de apartamento de ex general do Exército que teve série de explosões em Campinas (SP)
Arquivo pessoal
“Tem muita coisa que ele [Virgílio] vai precisar fazer em termos de reforma dentro desse prédio”. Já com relação aos outros apartamentos do mesmo andar, “possivelmente, ainda vamos fazer uma nova vistoria, mas eles não tiveram danos estruturais”, detalhou o diretor.
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Explosão seguida de incêndio
O apartamento pegou fogo na noite de sábado. Segundo a perícia, um artefato explodiu dentro do cofre onde o coronel Parra Dias guardava parte do arsenal e deu início ao incêndio.
Ao todo, 44 pessoas que estavam em andares superiores foram retiradas do prédio, parte delas por meio de cordas, em uma manobra semelhante à técnica de descida em rapel.
Trinta e quatro pessoas precisaram receber atendimento médico e foram encaminhadas para o Hospital Casa de Saúde e para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) São José — nenhuma em estado grave.
A gente saiu com a roupa do corpo, literalmente, e fomos para o hospital. Chegamos lá, não tínhamos nem roupa. Mandaram dar um banho na gente, por causa da fumaça e saturação baixa, diz a assistente administrativa Márcia Macedo.
Ao menos quatro viaturas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e outras do Corpo de Bombeiros foram para o local.
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