Sua renúncia ainda deverá ser aceita pelo presidente do Estado da Palestina, Mahmoud Abbas, que poderá pedir que ele permaneça como interino até que um substituto seja nomeado. Shtayyeh é integrante da Autoridade Nacional Palestina (ANP), partido formado há 30 anos, que exerce uma governança limitada sobre partes da Cisjordânia ocupada O primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, ao lado de um retrato do presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, durante reunião de gabinete anunciou renúncia
Zain Jaafar/AFP
O primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, anunciou a renúncia do cargo nesta segunda-feira (26). Ele é integrante da Autoridade Nacional Palestina (ANP), partido formado há 30 anos, que exerce uma governança limitada sobre partes da Cisjordânia ocupada, mas perdeu o poder em Gaza após uma luta com o Hamas em 2007.
Shtayyeh — um economista acadêmico que assumiu o cargo em 2019 — disse Gaza precisará entrar em uma nova fase de governo por conta da nova realidade na região. A conflito armado começou em 7 de outubro de 2023.
“[O novo momento] exigirá acordos governamentais e políticos que levem em conta a realidade emergente na Faixa de Gaza, bem como a necessidade urgente de um consenso inter palestino”. Além disso, é necessária a extensão da Autoridade Nacional Palestina (ANP) sobre todo o território”.
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A renúncia acontece em meio a pressões internacionais sobre o presidente do Estado da Palestina, Mahmoud Abbas, para tentar — assim como Israel — interromper o conflito em Gaza e pensar em uma estrutura política nova para a região após o conflito.
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A renúncia de Shtayyeh ainda deverá ser aceita por Abbas, que poderá pedir-lhe que permaneça como interino até que um substituto seja nomeado.
Possível novo governo
Israel prometeu destruir o Hamas e diz que, por razões de segurança, não aceitará o domínio da Autoridade Nacional Palestina (ANP) sobre Gaza após a guerra, que já matou cerca de 1.200 israelenses e quase 30 mil palestinianos.
O maior partido político palestino, Fatah, e o grupo terrorista Hamas tem feito esforços para chegar a um acordo sobre um governo de unidade e devem se encontrar na Rússia na quarta-feira (28) para debater o assunto.
A renúncia de Shtayyeh só faz sentido se ocorrer um acordo de consenso nacional sobre os preparativos para a próxima fase, disse Sami Abu Zuhri, alto funcionário do Hamas, à Reuters.