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General que concordou com golpe integrou o Alto Comando do Exército ainda em 2023, sob Lula

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

08/02/2024 por Redação

Segundo a PF, o general 4 estrelas Theophilo Gaspar de Oliveira se reuniu com Jair Bolsonaro no início de dezembro de 2022 e consentiu com a adesão ao golpe, conforme conversas encontradas no celular de Mauro Cid. O general 4 estrelas Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira em cerimônia de transmissão do cargo de Comandante de Operações Terrestres em 1º de dezembro de 2023.
Comunicação Social do Comando de Operações Terrestres
Alvo de busca e apreensão na operação da Polícia Federal (PF) por supostamente ter concordado com a tentativa de golpe de Estado, o general Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira integrou o Alto Comando do Exército até 30 de novembro de 2023, já sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Theophilo foi comandante de Operações Terrestres entre o final de março de 2022 ao final de novembro de 2023. Segundo a Polícia Federal, trata-se da unidade com o maior contingente de tropas do Exército.
De acordo com as investigações, em 9 de dezembro de 2022, Theophilo se reuniu com o então presidente Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada e supostamente consentiu com a adesão ao Golpe de Estado, desde que o presidente da República assinasse a medida, conforme conversas encontradas no celular do ajudante de ordens Mauro Cid.
Ainda segundo a Polícia Federal, o general seria o responsável pelo emprego do Comando de Operações Especiais do Exército.
Nesse sentido, além de ser o responsável operacional pelo emprego da tropa caso a medida de intervenção se concretizasse, os elementos indiciários já reunidos apontam que caberiam às Forças Especiais do Exército (os chamados Kids Pretos) a missão de efetuar a prisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes assim que o decreto presidencial fosse assinado, diz a decisão do ministro.
O Alto Comando do Exército é formado pelos generais 4 estrelas na ativa, os de mais alta patente, e pelo Comandante do Exército.
Segundo o Exército, Theophilo foi promovido a general 4 estrelas do Exército em novembro de 2019, passando a integrar o Alto Comando. Ele passou para a reserva em novembro de 2023 e deixou o Comando de Operações Terrestres.
Ajuda a Cid
Conforme as investigações, já no governo Lula, Theophilo usou o cargo para buscar uma espécie de blindagem institucional para afastar medidas de responsabilização criminal.
No dia 2 de janeiro de 2023, de acordo com a Polícia Federal, o tenente-coronel Mauro Cid encaminhou uma notícia ao general Theophilo com a informação de que poderia ser preso nas primeiras semanas daquele ano.
Fique tranquilo, Cid. Vou conversar com o Arruda hoje. Nada lhe acontecerá, respondeu Theophilo.
Segundo a investigação, Arruda seria o então comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda, que só foi exonerado no dia 21 de janeiro.
Para a Polícia Federal, os investigados procuraram se manter em postos estratégicos mesmo depois do início do novo governo para ter o controle da força operacional militar e a garantia de superiores hierárquicos que supostamente exerceriam o poder do cargo para afastar medidas de responsabilização criminal que pudessem advir das condutas praticadas pela organização criminosa.

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