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Transmissão no sábado de seis lutas por títulos foi algo incomum

globoesporte.com - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

21/11/2023 por Redação

No total, incluindo as unificações, estavam em jogo 10 coroas de campeão Saudações Pugilísticas.
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O The Magnificant 7, transmitido ao vivo de Manchester, Inglaterra, pelo COMBATE na tarde/noite do último sábado talvez, como um todo, seja o evento que acarreta mais emoção e lutas empolgantes neste mês de novembro.
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Das sete lutas válidas por cinturões, realizadas na promoção da Queensberry, o COMBATE transmitiu seis de forma integral num total de 10 títulos em jogo, incluindo o confronto por dois títulos mundiais.
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A primeira luta transmitida foi a disputa do mundial unificado feminino WBO-WBC super meio-médio. Num confronto sem favoritos nas bolsas de apostas, a vitória por divisão dividida coube à eslovena Ema Kozin (24-1-1, 12 KOs) sobre a ex-campeã mundial, a escocesa Hanna Rankin (13-7, 3 KOs). Os juízes pontuaram com 96-94 para Rankin e 98-92 e 96-94 para Kozin, esta última igual à minha marcação. Eu ainda não tinha visto Ema Kozin boxear e fiquei muito bem impressionado com a sua técnica.
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Com validade por três títulos na divisão meio-médio, IBF Europeu, Britânico e da Commonwealth, o favorito nas casas de apostas, o inglês Ekow Essuman (19-1,7 KOs), perdeu a invencibilidade para o compatriota Harry Scarff (13-2, 13 KOs). Os juízes pontuaram com 115-113, 116-113, e 117-112. Minha marcação informada na transmissão foi de 117-111.
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Na divisão dos pesados, aconteceu um resultado surpreendente pelo que assisti no ringue. Pelo trono inglês dos pesados, o campeão Solomon Dacres (8-0, 2 KOs) derrotou o desafiante Michael Webster (9-1, 6 Kos) por decisão majoritária: 96-93, 96-94 e 95-95. Eu enxerguei uma luta completamente diferente. Dacres foi inferior no combate, faltoso, teve ponto descontado por usar o antebraço e daí a minha surpresa na sua vitória. Marquei 97-92 para Webster com o desconto de ponto.
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Com uma atuação espetacular na defesa do título europeu dos supergalos, o campeão Liam Davis (15-0, 7 KOs) da Inglaterra derrotou o italiano Vincenzo La Femina (13-1, 7 KOs) por nocaute técnico no 5º round. Vi a vitória do inglês em todos os rounds, mas sem dúvida o 3º foi o de mais emoção. Depois de ser derrubado por Davis, La Femina reagiu e aplicou uma queda no campeão. Apesar do amplo favoritismo de Davis nas casas de apostas internacionais, as quedas de ambos no período anterior, deixavam a dúvida que tudo poderia acontecer. Não foi o que ocorreu. Davis derrubou La Femina novamente no 4º assalto e no 5 consolidou vitória após uma sequência que obrigou ao árbitro Kieran McCann o encerramento da disputa.
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Em mais uma atuação fantástica na programação de Manchester, o inglês Nick Ball (19-0, 12 KOs) venceu a eliminatória para disputa da coroa WBC peso-pena contra o ex-campeão dos supergalos, o ganês Isaac Dogboe (24-4, 15 KOs). Uma queda aplicada por Ball em Dogboe no 3° round foi um prenúncio da sua superioridade. Os juízes pontuaram com 119-108, 118-109 e 116-111. Marquei 117-110.
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Na disputa dos títulos britânico e WBA continental, categoria médio, entre dois boxeadores ingleses, Nathan Heaney (18-0, 6 KOs) derrotou o favorito Denzel Bentley por decisão majoritária. Um dos juízes pontuou o empate com 114-114. Os outros dois viram a vitória de Heaney com 116-113 e 117-111. Eu não vi esta vantagem para Heaney.
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Chamou-me a atenção durante o combate que numa luta entre ingleses, a torcida fosse desproporcionalmente favorável a um boxeador quando o outro era o campeão britânico e lutara há um ano pelo titulo mundial. A explicação veio o dia seguinte ao pesquisar o tema. Heaney costuma vender ingressos dos seus combates para a torcida e não faz segredo do fato. Possuidor de enorme carisma entre os seus fãs, estima-se que cerca de 5000 moradores de Staffordshire e mais especificamente do munícipio que o pugilista reside, Stoke-on-Tren, tenham se dirigido à Manchester no dia da luta. Heaney teria vendido cerca de 2500 ingressos para estes torcedores.
Manchester fica a pouco mais de uma hora de carro de Stock-on Tren. A viagem de trem – o transporte ferroviário é algo muito comum na Europa – entre uma cidade e outra é de apenas 40 minutos. Daí a explicação e a pressão.

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