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Caso Sophia: de castigo a chicotadas, perícia em celulares de réus mostra rotina de violência

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

01/11/2023 por Redação

Sophia Jesus Ocampo morreu aos 2 anos em janeiro de 2023; o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) desbloqueou os aparelhos da mãe e do padrasto da menina. Stephanie e Christian estão presos preventivamente desde 26 de janeiro
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Castigo e chicotadas. Um relatório elaborado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a partir da troca de mensagens entre Christian Campoçano Leitheim e Stéphanie de Jesus, suspeitos de matar Sophia Jesus Ocampo aos 2 anos, evidencia a rotina de violência.
Em setembro, o Gaeco assumiu a missão de desbloquear o aparelho dos réus após despacho feito pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande. O g1 teve acesso ao documento que revela sessões de torturas e até ameaças feitas pelo padrasto sobre quebrar o pescoço da menina e dar “chicotadas cabulosas”.
Nas conversas, marido e mulher revelam uma série de agressões e ameaças não só a Sophia, mas também ao irmão mais velho dela, filho de Christian, de 5 anos.
Em uma das mensagens apresentadas no documento, Christian conta que bateu de cinto em Sophia: “foram chicotadas cabulosas”. Segundo ele, as agressões aconteceram porque a menina não queria comer, sendo colocada em pé em volta do carrinho do outro bebê até que comesse.
Stephanie e Christian estão presos preventivamente desde 26 de janeiro pelos crimes de homicídio qualificado e estupro de vulnerável.
O caso
Sophia morreu com dois anos em Campo Grande
Arquivo pessoal/ Reprodução
Sophia Jesus Ocampos, de 2 anos, morreu no dia 26 de janeiro de 2023. Ela foi levada já sem vida pela mãe à UPA do Bairro Coronel Antonino. Segundo o médico legista, o óbito havia ocorrido cerca de sete horas antes.
Em depoimento, a mãe confirmou que sabia que a menina estava morta quando procurou a unidade de saúde. O laudo de necropsia do corpo da menina, emitido pelo Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), apontou que a causa da morte foi por traumatismo na coluna cervical e confirmou que Sophia foi estuprada.
A declaração de óbito aponta que a causa da morte foi por um trauma na coluna cervical, que evoluiu para o acúmulo de sangue entre o pulmão e a parede torácica. O documento ainda diz que a menina sofreu violência sexual não recente.
Menina apresentava diversos ferimentos pelo corpo
Arquivo pessoal/ Reprodução
As idas de Sophia à unidade de saúde eram frequentes. O prontuário médico da menina consta que ela passou por 30 atendimentos médicos em unidades de saúde da capital, uma delas por fraturar a tíbia.
Igor de Andrade, companheiro do pai da menina, relatou ao g1 que eles tentaram conseguir a guarda da criança, mas um dos impedimentos seria a homofobia por parte da mãe da vítima.
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