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Chuva de outubro prejudica produção de hortaliças no Paraná

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

22/10/2023 por Redação

Produtores relatam perdas de até 50% na região de Curitiba; excesso de umidade facilitou doenças e elevou preços. Chuva de outubro prejudica produção de hortaliças na região de Curitiba
Diferentemente das principais culturas do estado, as hortaliças registraram grandes prejuízos causados pelas chuvas dos últimos dias no estado.
O efeito das últimas chuvas é visível no campo: terra úmida, compactada, que ainda não absorveu todo o volume de água.
Em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, a família Gasparin planta orgânicos desde 1999. Colhem em média 50 mil unidades de alface, brócolis, repolho e espinafre todo mês.
As mudas de alface americana, por exemplo, não estão suportando tanta chuva.
“Esse é o lote de alface americana. A chuva e falta de sol fazem com que ela suba, fique fechada e não fique redonda”, mostra o agricultor Elisson Gasparin.
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O produtor explica que a umidade também favorece a aparição e desenvolvimento de doenças e bactérias nas raízes.
Ele conta que tentam evitar os danos com preparos específicos para orgânicos, mas não tem sido o suficiente. “Com 50 mm de chuva acaba perdendo a eficiência do produto”, declara.
A alface é mais suscetível aos transtornos causados pela chuvarada, mas não é a única. O brócolis também sofre.
“Quando forma a cabeça, você tem dois a três dias para colher o brócolis se não ele acaba passando. É tão rápido que pode dar doenças e você acaba perdendo”, explica.
No limite entre as cidades de Colombo e Almirante Tamandaré a situação se repete. A família Cavassin tem horta para consumo próprio e lavoura para comercialização de produtos.
O agricultor Pio Cavassin conta que o local ficou tomado pela água: “praticamente meio metro de água”.
Chuva de outubro prejudica produção de hortaliças no Paraná
Reprodução/EPTV
O forte da produção nessa propriedade também são os hortifrutis: alface, brócolis, repolho, espinafre, alho e cebola. Ele mostra a alface: “ela está perdida. Até a raiz já apodreceu”.
Para compensar as perdas, agricultores como o Pio acabam aumentando um pouco o preço dos produtos, mas dependendo do tamanho dos estragos, no fim das contas, o prejuízo acaba sendo inevitável.
Na Ceasa de Curitiba, a queixa se repete, entre os produtores.
“É muita umidade, estraga principalmente as abobrinhas, vagem. Até acabou antes do tempo”, comenta a produtora Márcia Ferreira. “Dá uns 50% de estrago”, aponta o agricultor Vatenir Braine.
Nas últimas duas semanas, a alface crespa dobrou de preço na capital: na quarta-feira, a unidade era vendida a R$ 1,66. “Vagem, tomate, pimentão, abobrinha, chuchu, todos eles estão com preços consideravelmente elevados.
Com excesso de chuva, além de os agricultores encontrarem dificuldades para efetuar o plantio, tem também a dificuldade na produção.
A previsão é que para novembro haja uma certa escassez por conta do atraso no plantio”, explica o técnico em comercialização da Ceasa, Evandro Pilati.
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