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Nintendo Switch x Switch OLED x Switch Lite: todas as diferenças entre os consoles

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

24/07/2023 por Redação

Teste do Guia de Compras do g1 compara funções, tamanho, conforto, desempenho e compatibilidade de jogos dos três aparelhos. g1 testou: Nintendo Switch x Switch Lite x Switch Oled
Verônica Medeiros/g1
O Nintendo Switch é o único da geração atual de videogames entre as três maiores fabricantes do mercado que tem um design híbrido.
O console foi lançado em 2017, com a proposta de poder ser usado em casa, conectado à TV, ou de ser levado a qualquer lugar, no modo portátil.
O Switch Lite, de 2019, foi criado para valorizar o aspecto móvel do console, portanto é completamente portátil e não pode ser jogado na TV. Já o Switch OLED, lançado em 2021, é o modelo mais novo da marca, com uma tela brilhante de tecnologia OLED um pouco maior que a do original.
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O Guia de Compras testou os três aparelhos para mostrar os prós e os contras de cada um e, assim, ajudar quem está na dúvida a escolher o produto mais adequado, o que depende do objetivo do jogador.
Os preços dos consoles foram consultados no final de julho, nas principais lojas da internet. O OLED era o mais caro, encontrado por cerca de R$ 2.300, seguido pelo Switch padrão, por R$ 2.100, e o Lite, por R$ 1.300.
A diferença de valor entre o primeiro e o último equivale, em média, ao preço combinado de três jogos populares da Nintendo.
Em seguida, conheça as principais especificações técnicas dos consoles e, mais abaixo, leia sobre os resultados dos testes e a conclusão.
Nintendo Switch
Nintendo Switch
O Nintendo Switch é a versão padrão do console. Existem dois modelos no mercado, o de código HAC-001 – que é o original, lançado em 2017 – e o de código HAC-001(-01), uma atualização lançada em 2020 com maior vida de bateria.
Para saber qual é o seu, é só olhar na parte de trás do modelo e checar o código marcado no console. Veja na foto abaixo:
Nintendo Switch - parte de trás
Laís Ribeiro
O g1 recebeu o modelo original (HAC-001) e, durante os testes, constatou que a bateria durou pouco mais de 3h. Segundo a Nintendo, a duração máxima é de até 6h e meia, dependendo do jogo.
Para o modelo atualizado, a Nintendo promete duração de bateria de 4h e meia a 9h, o mesmo tempo do Switch OLED.
O Switch pode ser utilizado em sua versão portátil, semiportátil (com ajuda de um braço que pode ser aberto na parte de trás) ou conectado à TV. Ele vem com dock (a base para carregar e conectar à TV), suporte para os controles e alças Joy-Con, para prender os controles ao pulso no modo multijogador.
A tela de LCD tem 6,2 polegadas e resolução de 1280 x 720 pixels (a mesma em todos os três consoles).
Apesar de o corpo do aparelho ter dimensões parecidas com o do OLED, o tamanho do display em si é perceptivelmente menor. Veja, na foto abaixo, uma comparação com os displays alinhados no lado direito dos aparelhos.
Telas: OLED em cima e Switch padrão embaixo
Laís Ribeiro
Com os controles encaixados, pesa 399 gramas, e 299 g sem. Suas dimensões são de 10,16 cm x 23,88 cm x 1,4 cm (altura x largura x espessura).
Vem com processador NVIDIA Tegra customizado, assim como os outros modelos. O espaço de armazenamento integrado é de 32 GB, o mesmo do Lite e metade do OLED.
Seu preço, consultado em julho, era de R$ 2.100, já com o jogo Mario Kart 8 Deluxe Edition incluso.
Nintendo Switch Lite
O Nintendo Switch Lite é a versão do console totalmente dedicada ao modo portátil. Ele é menor que os outros e não vem com Joy-Cons – nome dos controles do Switch.
Por conta disso, a Nintendo avisa que o videogame é compatível apenas com jogos feitos para o modo portátil.
Quer dizer que o aparelho não consegue rodar todos os jogos? Não, porém a jogabilidade para mais de um jogador na tela pequena e sem possibilidade de desencaixar os controles fica limitada ao ponto de, na prática, não ser viável usar o console para jogos de grupo, como Mario Party.
Pesa 277 g e mede 9,1 cm x 20,8 cm x 1,4 cm (altura x largura x espessura). A tela de LCD tem 5,5 polegadas, quase duas a menos que a do OLED, mas a resolução é a mesma, de 1280 x 720 pixels.
Comparação de tamanho: Switch Lite em cima e Switch OLED embaixo.
Laís Ribeiro/g1
Vem com espaço de armazenamento de 32 GB integrado. O processador é, assim como em todos os modelos de Switch, um NVIDIA Tegra customizado.
Em seu site, a Nintendo indica que, dependendo do jogo, a bateria desse modelo pode durar até 7h, mas nenhum dos títulos disponibilizados para o teste permitiu esse resultado. Nos testes, a bateria chegou a durar cerca de 3h em jogo, o mesmo tempo que levou para recarregar completamente.
O Lite também é o mais barato dos modelos. A versão tradicional, que vem em 5 cores diferentes, custava cerca de R$ 1.300, em julho, nas principais lojas da Internet.
Edições especiais do console, com design e cores diferenciados, eram encontradas por até R$ 1.800.
Nintendo Switch OLED
O Nintendo Switch OLED é a versão mais recente do console. O grande atrativo deste modelo é a tela: enquanto os outros possuem display em LCD, esta versão é equipada com um monitor em OLED de 7 polegadas – também a maior entre os consoles da Nintendo.
A tecnologia OLED permite reproduzir imagens mais nítidas, com mais contraste e maior precisão de cor em comparação às telas LCD dos outros consoles.
Veja também: LED, OLED, QLED... Entenda as tecnologias utilizadas nas telas de TVs
Na prática, as animações das cenas e personagens ficam com mais nuances e o jogo de luz e sombras é mais perceptível (embora não dê para ver bem apenas na captura de tela dos jogos).
Veja fotos das telas dos três consoles, dois com o jogo Kirbys Return to DreamLand e um com o jogo The Legend of Zelda: Tears of The Kingdom, com o brilho configurado no máximo:
Telas dos três consoles
A resolução – que é a mesma entre todos – é de 1280 x 720 pixels, ou seja, alta definição (HD). Para jogar em definições mais altas, é necessário conectar em um monitor ou TV com a resolução correspondente.
Assim como o original, o Switch OLED pode ser utilizado nos modos portátil, semiportátil e conectado à TV. Ele é compatível com todos os jogos lançados para Switch da Nintendo.
Suas medidas são de 10 cm x 20 cm x 1,4 cm (altura x largura x espessura), já com o Joy-Con encaixado. Ele pesa 322 g sem os controles e 422 g com.
A duração indicada da bateria é de 4h e meia a 9h. Nos testes, durou cerca de 5h, o maior tempo entre os três.
Seu processador é o mesmo dos dois anteriores, um NVIDIA Tegra customizado. Mas o armazenamento integrado é de 64 GB, o dobro dos outros modelos.
O produto vem acompanhado de dock (a base para carregar e conectar à TV), suporte para os controles e alças Joy-Con, para prender os controles ao pulso no modo multijogador.
Na parte de trás, tem um apoio embutido que pode ser puxado para posicionar o console no modo semiportátil, sem necessidade de segurar.
E tem uma vantagem em relação à versão padrão: em vez de apenas um braço, o apoio do OLED é como uma pequena chapa, que melhora o equilíbrio do aparelho contra a superfície.
Ele custava cerca de R$ 2.300 na versão branca, em julho, nas lojas consultadas. Modelos com cores e desenhos especiais podem sair até R$ 1.000 mais caros.
Funções
O Switch e o Switch OLED são muito similares entre si – exceto pela tecnologia da tela – e cumprem as mesmas funções:
Modo portátil: com os dois Joy-Cons encaixados e o visual do jogo na tela, o jogador joga diretamente no console; função multijogador apenas com dois consoles ou mais controles conectados. Veja na foto:
Nintendo Switch OLED no modo portátil
Laís Ribeiro
Modo semiportátil: com os Joy-Cons desencaixados e o console sobre o suporte, mas ainda com o jogo na tela. Mais de um jogador pode usar o mesmo console. Veja abaixo:
Nintendo Switch OLED no modo semiportátil
Laís Ribeiro
Modo TV: conectado em um monitor ou em uma TV por meio do dock, com os controles desencaixados. Também pode ser usado por mais de um jogador no mesmo aparelho. Veja na foto:
Nintendo Switch OLED no modo conectado à TV
Laís Ribeiro
Para ser usado de todos esses jeitos, os dois consoles acompanham vários acessórios: o dock para carregar e conectar à TV, carregador, cabo HDMI, alças para usar cada Joy-Con separadamente e suporte para usá-los juntos, mas desencaixados do console.
Enquanto isso, o Switch Lite é completamente dedicado ao modo portátil e, portanto, bem mais limitado que suas versões irmãs.
Ele não pode ser conectado à TV, não vem com controles (apenas os botões integrados) e funciona melhor no modo multijogador em múltiplos consoles.
Por esse motivo, o único acessório que vem com ele é o carregador. Além disso, não cabe no dock da Nintendo – a base de carregamento que comporta tanto o Switch original quanto o OLED.
Curiosamente, ainda é possível jogar o Switch Lite no modo multijogador local, caso você conecte Joy-Cons ao aparelho. Mas não é nada prático, já que é muito difícil para vários jogadores acompanharem a pequena tela, especialmente em jogos de tela dividida, como Mario Kart.
Conclusão
DESEMPENHO Todos os aparelhos têm o mesmo processador: um NVIDIA Tegra customizado. Portanto, não foi percebida uma diferença no desempenho dos consoles em rodar bem os jogos. Mas três detalhes se destacaram ao comparar as experiências.
O primeiro é que o Switch Lite não possui função de vibração, atributo que ajuda na imersão e que pode ser considerado essencial para alguns jogadores.
Em segundo lugar, o armazenamento de 32 GB do Lite e do Switch padrão é de metade do OLED, de 64 GB. O valor menor requer um gerenciamento constante do espaço e, possivelmente, sacrificar os jogos salvos para fazer caber um novo.
Para não apagar os dados salvos, é possível também usar um cartão micro SD inserido no console ou então carregar os dados para a nuvem da Nintendo, que requer uma assinatura do serviço Nintendo Switch Online.
Por último, foi perceptível uma diferença de áudio entre os consoles. No Switch OLED, o som saiu com um volume maior e mais clareza. Claro que, se o usuário for jogar no modo TV, não é um fator tão importante quanto os dois anteriores.
PARA JOGOS EM GRUPO A maior vantagem do Nintendo Switch e do Nintendo Switch OLED sobre o Nintendo Switch Lite é a possibilidade de conectar e jogar na TV.
Isso faz deles mais versáteis e com certeza a melhor escolha se o objetivo é jogar com mais pessoas. Alguns títulos da Nintendo, como Mario Party, nem são considerados compatíveis com o Switch Lite pela desenvolvedora, por causa da limitação do modo multijogador local.
PARA QUEM QUER A MELHOR IMAGEM A tela é o maior atrativo do OLED e grande diferencial do modelo. Só não se esqueça que ela acaba ficando restrita ao modo portátil e também à resolução máxima, que é de 720p.
Alguns jogos podem ser jogados em até 1080p, quando conectados em um monitor ou TV equivalente. Nesse caso, pode ser melhor buscar o Switch padrão, que tem qualidade de áudio e imagem menor, mas é mais barato que o OLED.
PARA QUEM QUER BATERIA O tempo de carregamento de todos os três consoles foi igual, de 3h, mas a duração das baterias foi diferente para cada um.
Nos testes, a bateria do OLED aguentou pelo menos duas horas a mais que os outros. Vale lembrar que, segundo a Nintendo, a versão atualizada do Switch, de código HAC-001(-01), tem a bateria melhorada, com duração comparável à do OLED.
Quando usados no modo TV, nem foi preciso se preocupar com isso, já que os consoles ficam carregando enquanto conectado no dock e os controles demoram bastante para descarregar.
Os Joy-Cons têm baterias separadas, que duram até 20h. Eles são recarregados automaticamente quando o console é inserido no dock, mas também podem ser encaixados no suporte de recarga específico para os controles (e vendido à parte pela Nintendo).
PARA QUEM QUER UM PORTÁTIL CONFORTÁVEL Comparando os consoles em seu modo portátil, a vantagem do conforto fica para o Switch Lite, já que os Joy-Cons não são tão anatômicos quanto os controles de um Xbox ou Playstation.
Menor e mais leve, o aparelho fica bem posicionado nas mãos e não cansa rapidamente em uma sessão de jogo mais longa. Ele é um console mais simples, pensado para atender a um público-alvo menor, que prefere a praticidade de um portátil compacto.
Veja abaixo como fica o encaixe dos três consoles no modo portátil nas mãos.
Encaixe dos três consoles Switch na mão
Outro detalhe são os botões direcionais (ou d-pad), que no Lite são conectados em uma peça só, um design que se saiu melhor na questão do conforto.
Os botões segmentados do Joy-Con acabam deixando o dedo dolorido. Aliás, os controles têm o mesmo design tanto para o Switch quanto para o OLED e são intercambiáveis entre os modelos.
Veja a foto abaixo comparando os três:
Botões direcionais dos Joy-Cons e Switch Lite.
Laís Ribeiro
CUSTO-BENEFÍCIO A maior vantagem do Switch Lite é o preço, que fica R$ 1.000 abaixo dos outros consoles.
Considerando o custo de um jogo AAA (aqueles produzidos por desenvolvedoras de grande porte, a partir de um alto orçamento) da Nintendo – cada um por R$ 300 –, o investimento vale a pena para quem procura os jogos individuais.
Se, por outro lado, você quer um console híbrido para majoritariamente jogar na TV, é mais vantajoso investir no Switch padrão, já que os detalhes que fazem o OLED superior – a qualidade de vídeo e áudio – ficam limitados ao modo portátil.
Como foram feitos os testes
Os aparelhos foram testados com seis jogos, que já vieram digitalmente nos consoles: Mario Kart 8 Deluxe, Kirbys Return to DreamLand Deluxe, Metroid Dread e Pokémon Violet no Switch OLED e Switch Lite, Mario Party Superstars e The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom no Switch padrão.
Os testes de bateria foram feitos rodando cada um dos jogos continuamente, da carga completa até o desligamento do console. A barra de brilho foi posicionada a 3/4 do máximo (o dispositivo não indica o percentual).
Nenhum acessório extra ou que precisa ser comprado à parte foi testado; apenas o conteúdo da caixa de cada produto foi utilizado.
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