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Déia Freitas sinaliza que podcast Não Inviabilize pode acabar: 'não sou máquina'

Podcaster afirma que está com a saúde mental abalada em função das inúmeras críticas que recebe diariamente, especialmente as enviadas pelo e-mail

Rastro101
Com informações do site O Tempo

21/06/2022 por Redação

Divulgação/O TempoDivulgação/O TempoA podcaster Déia Freitas, idealizadora do podcast Não Inviabilize, indicou que pode deixar de fazer o programa de histórias reais dos ouvintes. No último domingo (19), a paulista dedicou um episódio Minhas Coisinhas, no qual faz relatos sobre o próprio cotidiano, para falar os motivos que levaram a tomar a decisão.

“Eu estou pensando seriamente em parar o podcast. Quando comecei a contar histórias, peguei gosto pela coisa. Sempre gostei de receber, conversar com as pessoas e reproduzir essas histórias. No início, eram duas por mês, depois, uma por semana, e foi aumentando”

A podcaster afirma que está com a saúde mental abalada em função das inúmeras críticas que recebe diariamente, especialmente as enviadas pelo e-mail.

“Eu não dou conta mais do tanto de gente que me escreve me cobrando e me criticando. Eu não serei uma marca, eu sou uma pessoa. Não quero que as pessoas vejam que por trás do ‘Não Inviabilize’ não existe uma pessoa por trás que tem perrengue, que tem problemas, que tá triste, que tá feliz. Sou eu que tomo pedrada todo dia”, continua Déia.“E não é de segunda a sexta. Eu tomo pedradas todos os dias”

Déia citou como exemplo a repercussão do e-mail enviado aos assinantes no qual explicava que as histórias não editadas do podcast, até então disponíveis pelo site apoia-se, foram migradas para o aplicativo e para o navegador, que pode ser acessado tanto pelo computador quanto pelo celular. Segundo Déia, ela recebeu cerca de cem e-mails de reclamações. “Eu passei um domingo de cão, chorando”, afirma reiterando que não é “uma máquina, mas uma pessoa.”

Histórias podem não ter mais periodicidade

Até o momento, os apoiadores do podcast têm direito a ouvir 20 histórias inéditas por mês. Nas duas últimas semanas, porém, devido às reformas na casa e a uma cirurgia de emergência de um de seus cachorros, a comunicadora não conseguiu postar as histórias todos os dias. Recentemente, Déia ainda foi surpreendida com a notícia de que havia sido indiciada por ter anunciado uma vaga afirmativa de assistente de roteiro apenas para mulheres pretas, pardas e indígenas.

Isso foi motivo para que os ouvintes da psicóloga passassem a cobrá-la pelas postagens tanto pelas redes sociais quanto pelo e-mail. “As pessoas querem as coisas imediatas e exigem uma coisa que eu não seguro a onda mais. Não aguento mais essa pressão toda, não vou detonar minha saúde mental por causa disso. A sensação que tenho é que todo mundo espera uma brecha para que eu desmorone e caia”, comenta.

Em função disso, ela decidiu que, a partir do mês que vem, não se prenderá mais à obrigação da periodicidade de 20 publicações mensais de histórias inéditas. “Essas 20 histórias mensais eram como um bônus. Quem apoia o podcast está viabilizando, na verdade, as histórias que vão pro ar editadas, além do trabalho de libras e com transcrições”, argumenta, destacando que vai enviar, por escrito, um aviso das novas diretrizes do podcasts para seus ouvintes.

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