Divulgação/O TempoA Rússia não tem nada contra uma eventual adesão da Ucrânia à União Europeia (UE), garantiu, nesta sexta-feira (17), o presidente russo, Vladimir Putin, depois que a Comissão Europeia recomendou a concessão do status de candidato à Ucrânia, em plena ofensiva militar russa. 
Não temos nada contra, aderir a uniões econômicas é uma decisão soberana (...). É um assunto seu, um assunto do povo ucraniano, disse Putin na sessão plenária do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo. 
Ao contrário da Otan, a UE não é uma aliança militar, continuou ele, referindo-se ao pacto de defesa transatlântico liderado pelos Estados Unidos, ao qual Kiev esperava aderir. 
No que diz respeito à integração econômica, a escolha é deles, insistiu Putin, que em 24 de fevereiro ordenou a intervenção militar na Ucrânia, citando a necessidade de defender a minoria de língua russa no leste dos neonazistas como define o governo de Kiev.
No entanto, Putin também afirmou que, se a Ucrânia for admitida na UE, se tornará uma semicolônia dos países ocidentais. Esta é a minha opinião, disse. Horas antes, a diplomacia russa acusou a UE de manipular a Ucrânia com a perspectiva de adesão. 
Os países ocidentais manipulam há anos essa ideia de algum tipo de participação ucraniana em suas estruturas de integração e, desde então, a Ucrânia foi de mal a pior, disse a porta-voz do ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.