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Caso Celsinho: STJD marca data para recurso do Brusque após injúria racial de dirigente

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) marcou para o dia 18 de novembro o julgamento do recurso do Brusque no caso de racismo por parte de um dirigente do clube contra o jogador Celsinho, do Londrina (lembre aqui)

Rastro101
Com informações do Bahia Notícias

11/11/2021 por Redação

Divulgação/Bahia NotíciasDivulgação/Bahia Notícias O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) marcou para o dia 18 de novembro o julgamento do recurso do Brusque no caso de racismo por parte de um dirigente do clube contra o jogador Celsinho, do Londrina (lembre aqui). 

 

No dia 24 de outubro, o Quadricolor foi punido com a perda de três pontos no Campeonato Brasileiro da Série B e multa de R$ 60 mil por causa do ato de Júlio Antônio Peterman, presidente do Conselho Deliberativo. Este, inclusive, foi suspenso por 360 dias e condenado a pagar R$ 30 mil de multa. 

 

A defesa do Brusque pediu suspensão das penas até que houvesse o julgamento do recurso, medida concedida pelo relator do processo, Maurício Neves Fonseca. A perda de pontos, contudo, foi mantida. 

 

O Brusque ocupa a 16ª colocação da Série B, com 38 ppontos, um a mais do que o Vitória, 18º. Sendo assim, o julgamento do dia 18 interfere diretamente na briga contra o rebaixamento. 

 

O STJD enquadrou o caso no artigo 243-G, que prevê punição para quem "praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência". 

 

A injúria racial ocorreu no dia 28 de agosto, durante partida entre Brusque e Londrina, pela 21ª rodada da Série B. Nos minutos finais do primeiro tempo, o árbitro da partida relatou ter ouvido as seguintes palavras direcionadas a Celsinho: "vai cortar esse cabelo seu cachopa de abelha". O infrator foi identificado como presidente do Conselho Deliberativo do clube.

 

"É pesado e constrangedor eu ter que dar satisfação ao meu filho mais velho, de 14 anos, que entende mais, que as pessoas ainda usam esse tipo de crime. O maior peso, onde realmente me machucou emocionalmente, foi pelo lado familiar, ver minha esposa chorando, meu filho chorando, meu filho mais novo sem entender e eu tendo que explicar que ele não tem que aceitar isso. É por isso que eu vou até o final nesses casos, justamente por isso, por mexer com meu lado familiar. Em nenhum momento eu vou ao estádio pedir que as pessoas me insultem. O tom que ele usou foi de raiva, mas o que me incomodou mais foi que ele se sentiu muito confortável em falar isso, como se de fato ele tivesse atingido o que queria, como se fosse algo prazeroso e conseguiu, porque eu fiquei fora de mim", afirmou Celsinho, em seu depoimento.

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