Divulgação/O TempoO secretário de Saúde de Belo Horizonte, Jackson Machado, e o proprietário do Shopping Oiapoque, Mário Valadares, participam de acareação, nesta quinta-feira (4), na CPI da Covid-19. O objetivo é esclarecer as contradições de Machado e Valadares a respeito da doação do Shopping Oiapoque de peças de ventiladores pulmonares e respiradores à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Os equipamentos, avaliados em R$ 308 mil, foram doados ao Município em julho de 2020. Os vereadores apuram se a doação seria uma contrapartida de Valadares ao Executivo para a reabertura temporária do Oiapoque em maio de 2020
Em depoimento à CPI em 15 de julho, Valadares negou a suspeita de troca de favores com a administração municipal. À época, o empresário detalhou que comprara três respiradores por R$ 45 mil, além de outros por R$ 30 mil. A vereadora Flávia Borja (Avante) ainda havia enumerado a aquisição de acessórios, como 25 unidades de peças para ventilador pulmonar adulto, cinco para ventilador pulmonar pediátrico, 15 peças de diafragma da válvula expiratória para ventilador pulmonar e oito unidades de ventiladores pulmonares. O material foi detalhado no Diário Oficial do Município em 1º de junho.
Machado, por outro lado, em depoimento em 24 de junho, havia confirmado apenas a doação de oito respiradores por Valadares. Em relação aos acessórios, afirmou que os equipamentos poderiam ser, na verdade, para hospitais que prestam o serviço para o Município. Quando questionado sobre a suspeita de troca de favores entre a PBH e Valadares para a reabertura temporária do Oiapoque, Machado indagou se a Flávia estaria dizendo que o Executivo havia sido comprado pelo empresário.
A acareação atende a requerimentos dos vereadores Flávia Borja, Fernanda Pereira Altoé (Novo) e Nikolas Ferreira (PRTB) protocolados ainda em outubro. A reunião será uma das últimas da CPI da Covid-19. Embora o prazo para o encerramento seja 15 de novembro, os parlamentares devem apresentar o relatório final na próxima quinta-feira (11).
