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Achado pode ser fardo de borracha igual aos que vêm sendo encontrados na costa nordestina desde 2018
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Um material ainda não identificado, semelhante a borracha, foi recolhido na beira da praia do Mundaí, na manhã do último sábado (30), por fiscais ambientais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Causa Animal. Com apoio da Cippa, o material foi levado para um lugar seguro, na sede do Senac, a fim de ser analisado. A área da praia foi isolada.
O secretário de Meio Ambiente e Causa Animal, Jânio Natal Júnior, disse se tratar de algo parecido com borracha. Segundo ele, há relatos recentes do surgimento deste material em vários pontos da costa brasileira.
CAIXAS MISTERIOSAS – Pacotes sem identificação estão sendo encontrados no litoral do Nordeste desde 2018. Em agosto deste ano, esses fardos voltaram a reaparecer em praias da Bahia, Sergipe e Alagoas. O mais recente achado ocorreu no dia 20 de outubro na praia dos Lençóis, em Una, no sul da Bahia.
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) revelou que se tratam de fardos de borracha que estavam sendo transportados, durante a Segunda Guerra Mundial, pelos navios alemães MV Weserland e SS Rio Grande, naufragados pelos americanos ao largo da costa do Brasil em janeiro de 1944.
Os fardos de borracha foram produzidos no sudoeste asiático e seriam usados para a produção de pneus de avião, de carro, uniformes, isolamento de cabo de telégrafos na Alemanha. Por isso, alguns têm inscrições gravadas em ideograma japonês, o kanji.
O material pode ter ficado afundado no mar durante 77 anos, avalia o oceanógrafo Carlos Teixeira, pesquisador do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da UFC.
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