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Bem avaliados, prefeitos podem ser fiel da balança em 2022

Administradores locais podem ser essenciais para conquistar votos. Zema e Kalil têm adotado estratégias diferentes para conquistar o apoio dos gestores municipais

Rastro101
Com informações do site O Tempo

05/10/2021 por Redação

Divulgação/O TempoDivulgação/O TempoOs prefeitos mineiros são bem avaliados pela população, o que os coloca em boa posição para atuar como cabos eleitorais e garantir votos nas cidades que governam para candidatos a deputado, senador e governador em Minas nas eleições de 2022.

De acordo com a pesquisa DATATEMPO, 70,6% dos mineiros aprovam a forma como os prefeitos de seus municípios administram as prefeituras. Outros 25,6% desaprovam a maneira como suas cidades são governadas. Já 3,8% não souberam ou não responderam.

Exceto em casos de reeleição, os atuais prefeitos estão à frente dos municípios há cerca de dez meses, desde o início do ano. Para 54,7% dos entrevistados, os gestores municipais fizeram uma administração boa ou muito boa nesse período, enquanto para 24,4% a gestão está sendo regular. Já 17,6% da população de Minas Gerais considera que as prefeituras fazem uma gestão ruim ou muito ruim. Não souberam ou não responderam 3,4%. Segundo a pesquisa, 59% dos entrevistados têm expectativa de que o restante dos mandatos dos prefeitos seja bom ou muito bom 22,6% esperam que as administrações sejam regulares e 16,3% afirmam que as gestões municipais serão ruins ou muito ruins no tempo que resta. Não souberam ou não responderam 2,2%. Disputa. “Zema já dispõe de um amplo conhecimento e imagem relativamente positiva no Estado, ao passo que os demais candidatos, como Kalil, vão precisar angariar toda ajuda possível. Aproveitar a boa avaliação de alguns prefeitos pode ajudar neste sentido”, avalia a pesquisadora e analista Audrey Dias, do DATATEMPO. Tanto o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), como o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), já se atentaram para a importância que os prefeitos terão nas eleições para governador em 2022 e têm se movimentado para conquistar apoios. O último embate nesse campo entre Zema e Kalil, adversários no pleito do ano que vem, foi em torno das cotas mínimas de 762 m acima do mar para o lago de Furnas e de 663 m para o lago de Peixoto, ambos na região Sul de Minas. A pauta é importante para os prefeitos da região porque diversas atividades econômicas, como o turismo, agropecuária e piscicultura, dependem do nível de água dos lagos. Em 17 de setembro, Kalil foi até a cidade de Alfenas e se reuniu com prefeitos e lideranças da região. Ele deixou o encontro afirmando que iria se encontrar com a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia, como de fato fez, para defender a proposta de emenda à Constituição (PEC) aprovada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que determina o tombamento dos lagos e as cotas mínimas previstas. O governo Bolsonaro tenta derrubar a PEC no STF. Zema respondeu rapidamente: cinco dias depois, em 22 de setembro, o governador realizou uma reunião remota com o Grupo de Trabalho em Prol dos Lagos de Furnas e Peixoto. Na ocasião, ele anunciou o início do processo de tombamento dos reservatórios, como prevê a PEC aprovada na ALMG. “Desde o início do meu governo assumi o compromisso de que a cota 762 seria respeitada”, afirmou Zema. Uma das integrantes do grupo de trabalho é a Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago), que também se reuniu com Kalil. Viagens do governador são trunfo em disputa Nas articulações políticas para conquistar o apoio dos prefeitos na eleição de 2022, o governador Romeu Zema (Novo) e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), têm adotado estratégias diferentes devido às naturezas distintas de seus cargos atuais. Como governador, Zema tem a prerrogativa de viajar por todo o Estado, já que é a área administrada por ele. E tem aproveitado essa situação: o chefe do Executivo estadual viaja praticamente semanalmente para pelo menos uma região de Minas Gerais. Nos últimos meses, a estratégia de Zema foi visitar cidades que serão beneficiadas com obras previstas no acordo fechado com a mineradora Vale pelo rompimento da barragem em Brumadinho. Além disso, Zema procura realizar alguma agenda positiva na região visitada, para mostrar o trabalho de sua gestão. Já Kalil não pode viajar livremente por Minas Gerais porque é responsável pela administração de Belo Horizonte. Se o fizesse, poderia ser criticado por abandonar a capital em detrimento das eleições. A saída encontrada pelo entorno do prefeito foi reativar a Frente Mineira de Prefeitos (FMP) e articular a eleição de Kalil para a presidência da entidade. Assim, ele tem motivo para visitar e se reunir periodicamente com prefeitos de diversas regiões de Minas. Além disso, a FMP abre um caminho para Kalil começar a participar de discussões de pautas estaduais, e não apenas da Prefeitura de Belo Horizonte. Visitas como a Alfenas para discutir o nível dos lagos de Furnas e do Peixoto devem se tornar mais frequentes nos próximos meses.

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