Divulgação/O TempoA Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura a condução da pandemia de Covid-19 pelo governo federal aprovou a convocação do presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Rebello. O interrogatório dele deve ser marcado para a próxima quinta-feira (7).
Esse pode ser o último depoimento da CPI, que pretende encerrar os trabalhos em 20 de outubro, como informou o senador Omar Aziz (PSD-AM).
Os senadores querem saber o motivo da agência, responsável por regular o mercado dos planos privados, não ter agido contra omissões da operadora de saúde Prevent Senior no tratamento de pacientes com Covid-19.
Na noite de terça-feira (28), a ANS autuou a empresa, que é suspeita de testar medicamentos sem eficácia comprovada para o tratamento da Covid-19 e ocultar mortes. A agência informou que identificou “elementos que contradizem a versão inicial apresentada pela operadora”.
Segundo a ANS, a Prevent Senior será investigada por “deixar de comunicar aos beneficiários as informações estabelecidas em lei” e “pelas denúncias sobre cerceamento ao exercício da atividade médica aos prestadores vinculados à rede própria da operadora”.
Em depoimento à CPI também na terça (28), a advogada Bruna Morato relatou que médicos eram coagidos pela Prevent Senior a receitarem medicamentos sem eficácia comprovada para a doença sob ameaças de demissão.
Ela contou também a orientação de um dos diretores da operadora de saúde para que os pacientes e as famílias não fossem informados sobre os riscos envolvidos. A prática, segundo ela, era utilizada para reduzir custos. Bruna Morato representou 12 médicos que denunciaram os atos ilegais da empresa.
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