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Corregedor do CNMP já foi alvo de investigação por caso de corrupção do Rio Grande do Norte

Uma reportagem do O Antagonista revela que o corregedor nacional do Ministério Público, Rinaldo Reis, três anos antes de ser nomeado para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), foi alvo de representação no órgão por envolvimento em esc

Rastro101
Com informações do Bahia Notícias

29/09/2021 por Redação

Divulgação/Bahia NotíciasDivulgação/Bahia Notícias Uma reportagem do O Antagonista revela que o corregedor nacional do Ministério Público, Rinaldo Reis, três anos antes de ser nomeado para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), foi alvo de representação no órgão por envolvimento em escândalo político no Rio Grande do Norte, quando era procurador-geral de Justiça. O corregedor pediu a demissão de 11 procuradores da Lava Jato nesta terça-feira (28). 

 

A representação contra os membros da Lava Jato foi aberta no CNMP por  Edison Lobão e Romero Jucá de violação de sigilo dos autos, ao divulgarem no site do MPF denúncia contra ambos por corrupção nas obras civis de Angra 3. A abertura do processo administrativo disciplinar pode penalizar os membros da força-tarefa.

 

Segundo o antagonista, Rinaldo Reis foi citado em interceptações telefônicas com autorização judicial no âmbito da Operação Dama de Espadas, que prendeu a procuradora-geral da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, Rita das Mercês. A procuradora foi denunciada por desviar R$ 5,5 milhões dos cofres do Legislativo. A partir da denúncia, Rita virou delatora, entregando 34 políticos, desembargadores e confirmou o conteúdo das gravações que demonstravam intimidade com Rinaldo Reis e Robinson Faria, ex-governador e pai do atual ministro das Comunicações de Jair Bolsonaro, Fábio Faria.

 

Rinaldo era tratado como "nosso amigo" e atuava para informar os envolvidos sobre o inquérito, que estava sob sigilo, e afetaria o ex-governador, por receber, segundo a acusação, um mensalinho de R$ 100 mil. O atual corregedor negou qualquer interferência na investigação

 

O processo contra Robinso Faria por mensalinho na AL-RN foi suspenso em junho deste ano por Dias Toffoli. Dois dias depois da suspensão do processo, Rinaldo Reis moveu representação contra os ex-integrantes da Lava Jato do Rio. Os procuradores alvos da representação são os mesmos que denunciaram suposto tráfico de influência no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Tribunal de Contas da União (TCU), na Operação E$quema S.

 

Na Faroeste, o corregedor virou notícia por conversas com a promotora Ediene Lousado, ex-chefe do Ministério Público da Bahia (MP-BA). Lousado foi afastada do cargo por decisão do STJ. Quando soube que estava sendo investigada pelo Ministério Público Federal (MPF), ainda em 2020, Ediene pediu ajuda a Rinaldo Reis para se proteger. Para isso, ela queria abrir um processo contra o promotor João Paulo Schoucair, auxiliar da subprocuradora da República, Lindôra Araújo nas investigações de venda de sentenças na Bahia. O processo contra Schoucair foi protocolada no CNMP com nome falso, o que prejudicou a estratégia de Ediene, segundo o Antagonista. Em sua defesa, Rinaldo declarou que as mensagens com Ediene não indicam qualquer irregularidade em sua conduta e imparcialidade, além do que, não sabia que Ediene era investigada na Faroeste.

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