Divulgação/O TempoUma confusão generalizada tomou conta do interrogatório do empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, nesta quarta-feira (29) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura a condução da pandemia de Covid-19 pelo governo federal.
O acontecido fez com que o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão, pedisse a saída da sala do advogado Beno Brandão, um dos profissionais de defesa que acompanham o empresário.
O conflito começou quando o senador Rogério Carvalho (PT-PE) afirmou ter sido ofendido por Brandão e pediu respeito. A ofensa não foi registrada nos microfones e na transmissão oficial da CPI, mas um vídeo de um repórter cinematográfico da emissora Rede TV, autorizado a entrar na sala minutos antes, mostram o advogado apontando o dedo em riste para o senador. Depois disso, Hang  também teria feito um aceno para Carvalho abaixar o tom de fala.
O presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), disse então que o advogado não pode desrespeitar o senador e pediu que ele deixasse o local. Segundo o senador, apenas um dos dois advogados que acompanham Hang poderiam permanceriam na mesa que abriga os interrogados, o presidente e o relator da CPI para acompanhar o restante da sessão.
Aziz também pediu que a segurança do Senado retirasse de Luciano Hang placas com frases de ordem levadas pelo empresário para exibir no interrogatório.
O empresário foi, então, cercado pela tropa de choque formada por parlamentares apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. O filho do presidente, senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), é dos presentes que protegem Hang no depoimento.
Depois disso, a sessão foi suspensa por cerca de 40 minutos para a saída do advogado. Mas, na volta dos trabalhos, Omar Aziz reconsiderou e Beno Brandão permaneceu ao lado de Hang. O advogado pediu desculpas ao senador Rogério Carvalho e afirmou que não teve a intenção de ofender.
As falas de Luciano Hang não têm agradado os senadores desde o início da sessão desta quarta. Os parlamentares acusam o empresário de ter ido à CPI fazer discurso político. O empresário também usou o espaço do Senado para fazer publicidade de sua empresa.