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Coronavírus pode aumentar risco de doenças cardiovasculares

Especialistas alertam que, mesmo os pacientes que tiveram a Covid de forma leve e assintomática, devem fazer acompanhamento

Rastro101
Com informações do site O Tempo

29/09/2021 por Redação

Divulgação/O TempoDivulgação/O TempoO coronavírus pode levar a problemas cardiovasculares, tanto durante a infecção quanto depois dela, já que o vírus gera uma resposta inflamatória no corpo. Médicos relatam que costumam receber pacientes com problemas cardíacos semanas depois do fim do quadro de Covid-19.

“Em um dos casos que tratei pessoalmente, uma pessoa extremamente jovem teve um infarto que o levou ao óbito, três, quatro semanas depois de um quadro de Covid que não havia necessitado de internação. Não esperaríamos um infarto no paciente em outro contexto”, relata o cardiologista e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Bruno Nascimento.

O médico aconselha que pessoas que tiveram quadros moderados a graves de Covid procurem orientação médica antes de retomarem rotinas de atividade física. Ele diz que é importante que todos fiquem atentos a sinais atípicos, como cansaço além do normal, dores de peito e falta de ar.

A médica Carla Tavares, que coordena o serviço de check-up pós-Covid da rede Mater Dei, recomenda que até pacientes com quadros assintomáticos mantenham-se atentos. “Os pacientes que tiveram um quadro grave e precisaram ficar internados ficam mais suscetíveis a complicações cardiovasculares, principalmente as embolias. Mas mesmo os pacientes que foram assintomáticos ou tiveram poucos sintomas na fase aguda podem desenvolver complicações na fase pós-Covid, dias ou até meses depois da fase aguda. É muito importante que mesmo quem teve quadros leves fique atento a sintomas como palpitação, dor no peito e falta de ar”, reforça. 

“O problema não é apenas nas sequelas, mas na fase aguda da Covid-19. Cerca de 20% de pacientes que têm forma grave ou mesmo moderada, sem hospitalização, podem ter miocardite, inflamação do músculo do coração, que pode ser grave e levar à morte”, conclui o diretor da Sociedade Mineira de Cardiologia Kleisson Maia.

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