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Picasso e Courbet, frente a frente pela primeira vez

Os estilos são diferentes, no entanto, têm em comum o fato de terem "revolucionado a arte, cada um em seu século"

Rastro101
Com informações do site O Tempo

01/07/2021 por Redação

Divulgação/O TempoDivulgação/O TempoO museu Courbet cria, pela primeira vez, um diálogo entre Gustave Courbet e Pablo Picasso, em uma exposição na cidade francesa de Ornans (leste), que apresenta cerca de 60 obras dos dois artistas. É a primeira vez que Courbet e Picasso são comparados, disse o curador da exposição, Thierry Savatier. Seus estilos são muito diferentes. Um deles, Gustave Courbet (1819-1877), é o pai do realismo. O outro, Pablo Picasso (1881-1973), é o fundador do cubismo.

No entanto, o que eles têm em comum é que ambos revolucionaram a pintura, a arte e todo o panorama artístico francês e internacional, cada um em seu século, disse Benjamin Foudral, diretor do Museu Courbet de Ornans.

O próprio Picasso se referiu à virada artística iniciada por Courbet: Um dia chegou um homem que disse: Não quero pintar anjos, porque nunca vi um. Foi Courbet. Ele preferiu representar duas jovens deitadas às margens do Sena. (...) Courbet virou uma página e lançou a pintura na nova direção que seguiu durante anos.

A apresentação do quadro original assim nomeado pelo pintor espanhol, Moças à margem do Sena de Courbet é o destaque da exposição, que revela a influência pouco conhecida de Courbet sobre Picasso.

Picasso descobriu Courbet ainda muito jovem, quando chegou a Paris em 1900. Ele foi um dos grandes mestres do século XX que observou muito Courbet ao longo de sua carreira, disse Foudral.

O espanhol comprou mais tarde uma pintura de Courbet para sua coleção pessoal, Tête de chamois (Cabeça de Camurça).

Segundo Savatier, Picasso também é um pintor realista. Quando Picasso diz: A tela de uma natureza morta com um monte de alho-poró deve cheirar a alho-poró (...), isso mostra seu desejo de ser um artista realista, mesmo se sua realidade não corresponder necessariamente ao senso comum, afirmou.

A exposição também foca no compromisso político e social dos dois pintores. Ao longo de sua carreira, Courbet representou a pobreza dos mais desfavorecidos. Picasso também fez isso durante seu período azul.

A exposição reúne um total de 60 obras dos dois mestres emprestadas de 15 museus, entre eles o de Orsay em Paris, os museus Picasso de Paris e Barcelona, na Espanha, e o museu Thyssen-Bornemisza de Madri.

       

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