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São Paulo identifica primeiro caso de variante em passageiro vindo da Índia

Homem mora em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, e já circulou por três cidades desde seu retorno ao Brasil já infectado pela variante indiana

Rastro101
Com informações do site O Tempo

26/05/2021 por Redação

Divulgação/O TempoDivulgação/O TempoO Instituto Adolfo Lutz identificou um caso em São Paulo com a variante B.1.617.2, da Índia.

Trata-se de um brasileiro que desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos no sábado (22). Ele tem 32 anos e mora em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Em cinco dias, já circulou portanto por São Paulo, Rio de Janeiro e em sua própria cidade, entrando em contato com dezenas de pessoas.

Ainda não há registros de um caso autóctone desta linhagem no estado de São Paulo, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.

O passageiro foi identificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pelo monitoramento no aeroporto.

Ele embarcou para o Brasil com um exame negativo de RT-PCR feito 72 horas antes do voo, exigência prevista em lei para todos os viajantes.

Segundo a Anvisa, assim que desembarcou, o homem procurou um laboratório do próprio aeroporto de Guarulhos para fazer um novo teste, já que não se sentia bem.

Antes do resultado, viajou para o Rio de Janeiro. Se hospedou em um hotel ao lado do Aeroporto Santos Dumont e, no domingo, viajou de carro até a cidade do norte fluminense.

Com o teste positivo para Covid-19, o homem voltou para a capital do Rio e está em isolamento.

Assim que o resultado do exame ficou pronto em Guarulhos, o próprio laboratório avisou a Anvisa, que alertou os demais órgãos de vigilância sanitária.

Faltava, no entanto, confirmar se ele estava infectado pela nova cepa do coronavírus.

O exame foi para o Adolfo Lutz, que sequenciou o vírus e descobriu tratar-se de fato da variante indiana.

O órgão federal [Anvisa] informou a pasta estadual sobre o caso positivo quando o passageiro já havia embarcado em voo doméstico para o Rio de Janeiro. A amostra positiva foi enviada ao Lutz e o sequenciamento finalizado nesta quarta-feira (26), afirma a secretaria estadual.

O órgão afirma ainda que imediatamente após ser comunicada pela Anvisa, a Secretaria de Estado de Saúde iniciou, juntamente com o município no qual o aeroporto se encontra [Guarulhos], as medidas de investigação epidemiológicas necessárias. Foi solicitada a lista completa dos passageiros do voo, além dos nomes de todos os funcionários do aeroporto, laboratório e dos contatos do passageiro para isolamento e monitoramento. As equipes de vigilância do Rio de Janeiro também foram imediatamente notificadas para o acompanhamento do caso.

Desde o último dia 14 de maio, a equipe de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde notificou os passageiros e os seus municípios de residência referente ao voo vindo da Índia que desembarcou no Brasil. A medida é uma parceria com a Anvisa, que envia para a Saúde a lista dos passageiros do voo.

De acordo com a secretaria estadual, há centenas de variantes do novo coronavírus ao redor do mundo. Quatro delas são consideradas variantes de atenção pelas autoridades sanitárias devido à possibilidade de aumento de transmissibilidade ou gravidade da infecção, por exemplo. São elas: P.1, B.1.1.7, B.1.351 e B.1.617.

Após análises do Instituto Adolfo Lutz e do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) foram encontrados 375 casos autóctones dessas três variantes até 26 de maio. A lista divulgada pela secretaria é a seguinte:
- 1 confirmação de B.1.617 (caso de Campos dos Goytacazes (RJ) - não há registro de um caso autóctone desta linhagem em SP)
- 3 confirmações de B.1.351
- 15 confirmações de B.1.1.7
- 356 confirmações de P.1

Até o momento, não há notificação oficial das variantes P4.

Em nota, órgão esclarece que a detecção de novas variantes não deve ser confundida com diagnóstico, nem pode ser considerada de forma isolada. Trata-se de um instrumento de vigilância que contribui para o monitoramento da pandemia de Covid-19, não sendo necessário do ponto de vista técnico e científico sequenciamentos individualizados uma vez confirmada a circulação local da variante.

A confirmação de novas variantes ocorre por meio de sequenciamento genético realizado por laboratórios como o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, e depende ainda do trabalho de Vigilância Epidemiológica para investigação dos casos, como históricos de viagens e contatos.

Pesquisadores em todo o mundo seguem estudando o comportamento da pandemia e as mutações do vírus (SARS-CoV-2).

As mesmas medidas já conhecidas pela população seguem cruciais para combater a pandemia do coronavírus: uso de máscara, que é obrigatório em SP higienização das mãos (com água e sabão ou álcool em gel) distanciamento social e a vacinação contra COVID-19, respeitando-se o cronograma e os públicos-alvo vigentes, conforme estabelecido pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações) e pelo PEI (Plano Estadual de Imunização) do Governo de São Paulo, explica ainda a secretaria estadual.​

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