Divulgação/Bahia Notícias O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), determinou o arquivamento do processo para licença prévia para a construção de um autódromo num terreno cedido pelo Exército na Floresta do Camboatá, no bairro de Deodoro. Com isso, o consórcio Rio Motorsport não poderá fazer a obra da nova pista anunciada em maio de 2019 para levar a Fórmula 1 de volta à capital fluminense (lembre aqui).
O projeto do novo autódromo foi orçado inicialmente em R$ 850 milhões, oriundos na sua totalidade da iniciativa privada. Além da F1, a pista também serviria de palco para disputas da MotoGP. No entanto, foram levantadas suspeitas de irregularidades no processo de licitação, vencido pelo consórcio Rio Motorsport. A empresa teria sido criada 11 dias antes do lançamento da concorrência e seu presidente, José Antonio Soares Pereira Júnior, era sócio da Crown Assessoria, que ajudou a Prefeitura do Rio, cujo prefeito na época era Marcelo Crivella (Republicanos), a montar o edital. Outra polêmica foi em relação ao estudo de impacto ambiental no local reservado para a obra. Ambientalistas protestaram contra a construção.
Ao assumir a prefeitura, Eduardo Paes se posicionou favorável à construção de um novo autódromo, mas em outro local. Inclusive, uma das opções seria num área localizada em Guaratiba, na Zona Oeste. O Rio de Janeiro está sem uma pista desde a desativação do Autódromo Nelson Piquet que deu lugar ao Parque Olímpico da Rio-2016. Na época, o próprio Paes previa a substituição da pista de Jacarepaguá.
O anúncio da construção da pista causou uma disputa entre os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo pela realização da etapa no Brasil da Fórmula 1. Porém, em novembro do ano passado, o governo paulista renovou o contrato com a organização da F1 e o autódromo de Interlagos seguirá no calendário até 2025 (confira aqui). Com a pandemia do novo coronavírus, a corrida brasileira foi cancelada. No entanto, a prova está marcada para o dia 7 de novembro da temporada 2021 (veja mais aqui).