Divulgação/O TempoO Twitter suspendeu as contas de dois antigos chefes da extinta guerrilha das Farc que se rearmaram na Colômbia e são foragidos da Justiça, por violarem suas políticas sobre terrorismo e extremismo violento, informou a rede social à AFP nessa sexta-feira (15).
No Twitter, não são toleradas organizações terroristas ou grupos extremistas violentos, nem as pessoas que se afiliam aos mesmos e promovem suas atividades ilícitas, assinalou um porta-voz da empresa.
Os perfis do ex-número dois da antiga guerrilha comunista, Iván Márquez, e do seu braço direito, Jesús Santrich, aparecem com a mensagem conta suspensa. A decisão do Twitter foi tomada depois que os antigos rebeldes publicaram um vídeo em que criticam o presidente da Colômbia, Iván Duque, acusam o mesmo de prejudicar o acordo de paz e apoiam uma iniciativa em andamento para revogar seu mandato.
Márquez, Santrich e 20 ex-guerrilheiros se afastaram em agosto de 2019 do acordo de paz histórico que pôs fim a mais de meio século de conflito armado envolvendo as Farc. O perfil no Twitter que corresponderia a essa nova rebelião, chamada Segunda Marquetalia, também foi suspenso.
O alto conselheiro presidencial do pós-conflito, Emilio Archila, chamou o vídeo dos rebeldes de bravata e acusou Márquez de ser narcotraficante e aliado de um dos piores ditadores da história da América Latina, referindo-se ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. 
O tribunal de paz responsável por julgar os crimes mais graves do conflito excluiu ambos os dissidentes dos benefícios penais que constam do pacto. Caso eles sejam capturados, ficarão à disposição da Justiça comum.