ReproduçãoA vice-diretora-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Mariângela Simão, disse nesta terça-feira (12/10) que é possível "ter certeza" de que o Brasil não terá uma vacinação em massa contra o novo coronavírus em 2021.
"Não vai ter vacina suficiente no ano que vem para vacinar toda a população. Então o que a OMS está orientando é que haja uma priorização de vacinar profissionais de saúde e pessoas acima de 65 anos ou que tenham alguma doença associada", afirmou ela em entrevista à CNN Brasil.
*** TEXTO CONTINUA APÓS PUBLICIDADE ***
Mariângela ainda disse que "é razoável" imaginar que até o final de 2021, "com tudo correndo bem", existam "duas ou três vacinas aprovadas" contra a Covid-19. "O importante agora não é imunizar todo mundo num país, o que é impossível: é imunizar aqueles que precisam em todos os países", disse.
Na última segunda-feira, a americana Johnson & Johnson suspendeu temporariamente os ensaios clínicos de sua vacina "devido a uma doença inexplicada em um participante do estudo". A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) confirmou nesta terça que foi comunicada pela Johnson & Johnson e disse que o estudo "continuará interrompido" no Brasil até que o efeito adverso no voluntário seja explicado.
Em entrevista ao colunista do UOL Jamil Chade, Soumya Swaminathan, cientista-chefe da OMS, disse que devemos atacar o vírus, e não pessoas vulneráveis.