Saúde

Estudo revela que imunidade à dengue pode proteger contra o zika

O estudo realizado pelo Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Informações do Portal A Tarde
08/02/2019 por Redação, atualizado em 08/02/2019 às 17h50 por Redação

Mosquito Aedes aegypti. (Reprodução)Mosquito Aedes aegypti. (Reprodução)Um estudo realizado pelo Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) revela que as pessoas que conseguiram imunidade após serem infectadas pelo vírus da dengue possuem risco reduzido de transmissão do zika vírus. A pesquisa foi publicada na quarta-feira, 7, na Science. Este estudo também foi realizado em colaboração com a Fiocruz Bahia e possui entre os parceiros a Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale, localizada nos Estados Unidos.

Este é o primeiro estudo a avaliar e exemplificar que a imunidade à dengue pode ser um fator protetivo contra a infecção por zika em populações humanas.

Entre os meses de março e outubro de 2015, os pesquisadores fizeram o acompanhamento de 1.453 residentes do bairro de Pau da Lima, em Salvador. Os dados apresentados na análise mostram que cerca de 73% dos investigados contraíram zika no período de surto da doença. Porém, houve redução de até 25% entre os que conseguiram desenvolver anticorpos após terem sido infeccionados por dengue. Entre os subgrupos, a redução chegou em ate 44% em alguns deles.

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Coordenado na Bahia pelo professor Federico Costa, o trabalho teve a participação do estudante de doutorado Nivison Nery Jr, os dois fazem parte do ISC da UFBA. A dupla usou um novo teste para buscar identificar infecções por zika em grandes populações. Segundo a avaliação dos pesquisadores, os vírus da zika e da dengue compartilham diversas semelhanças genéticas e possuem o hábito de circular nas mesmas regiões.

O estudo apresenta a sugestão de que houve imunidade nas pessoas infectadas pelo zika vírus, o que pode explicar a redução de transmissão e o declínio do surto nesta localidade.

"A pandemia de zika gerou altos índices gerais de imunidade a esse vírus nas Américas, o que será uma barreira para os surtos nos próximos anos", destacou o professor Federico Costa. O professor também analisa que o estudo dos dois vírus pode ajudar a entender o impacto de vacinas, como a da dengue e outras iniciativas de saúde para combater essas doenças.

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