Caminhada pede o julgamento do assassino de Mickaely. (Foto: Rastro101)Uma manifestação realizada na manhã desta sexta-feira, dia 19, relembrou o caso da menina
Mickaely Santos, de apenas 12 anos que foi brutalmente assassinada pelo próprio pai em janeiro de 2014. A caminhada teve a participação de familiares, amigos e alunos do colégio Othoniel Ferreira dos Santos, e foi marcada pela emoção e pelo clamor de justiça.
A manifestação foi motivada pela impunidade, já que o acusado, Márcio Souza dos Santos, ainda não foi julgado, mesmo após 4 anos e 9 meses do crime. Ele se encontra preso, mas não foi julgado pelo fato da polícia não poder fazer a escolta dele, não tendo como garantir sua integridade física.
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Durante a caminhada, que percorreu várias ruas da cidade, familiares, amigos e populares exibiram cartazes pedindo respeito e o fim da impunidade neste caso. Além disso, a mãe da vítima, emocionada, falou sobre seu sofrimento de perder uma filha com apenas 12 anos. Ela vestia uma camisa em homenagem a adolescente e também fez um apelo por justiça.
Relembre o caso
Mickaely foi abusada sexualmente e asfixiada enquanto dormia na casa do pai na noite de 23 de fevereiro de 2014. De acordo com informações de um parente da vítima, na quinta-feira (23), o homem teria buscado a filha em Itagimirim, cidade em que morava com a mãe, e retornado para Porto Seguro na mesma noite. Horas depois, a mãe e outros parentes teriam se dirigido à Porto Seguro para buscar a filha, já que sabiam que ele era violento.
Mickaely foi assassinada pelo pai em 2014. (Foto: Rastro101)Em Porto, eles procuraram a delegacia, mas eles foram instruídos a esperar o dia seguinte e com a ajuda de um advogado, conseguir a guarda da criança. Como ele era o pai, resolveram esperar o dia seguinte.
Logo pela manhã, o próprio pai ligou para a família avisando para eles irem buscar o corpo de Mickaely na casa dele, que fica no bairro Mirante. A polícia foi informada de que o homem havia fugido para Santa Cruz Cabrália e que iria matar o outro filho de apenas 3 anos e tentar tirar a própria vida, se jogando na frente de um ônibus, mas a polícia chegou a tempo para impedir a investida de Márcio.
Julgamento
Segundo familiares, um novo julgamento foi marcado para o dia 9 de novembro e outra manifestação por justiça foi convocada para ser realizada em Porto Seguro.