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Faltando menos de dois meses para o início do verão, principal rota de acesso a destinos turísticos como Alcobaça, Caravelas e Prado está tomada por crateras e sem manutenção do governo estadual.
O trecho da BA-290, que liga Teixeira de Freitas a Alcobaça, no Extremo Sul da Bahia, tornou-se um verdadeiro desafio para motoristas, moradores e turistas que trafegam pela região. A rodovia, sob responsabilidade do Governo do Estado da Bahia, apresenta uma situação precária, com inúmeros buracos, remendos malfeitos e trechos completamente deteriorados, o que tem causado indignação e medo entre os usuários.
Além de representar um risco constante à vida de quem precisa utilizar a via, o estado de abandono ameaça também o setor turístico da região. A estrada é o principal acesso para cidades muito procuradas por turistas mineiros e capixabas, especialmente durante o verão, como Alcobaça, Caravelas e Prado, além dos charmosos distritos de Cumuruxatiba e Corumbau, em Prado.
Com o verão se aproximando e o fluxo de visitantes prestes a aumentar, a situação preocupa comerciantes e empresários locais, que temem prejuízos significativos caso o problema não seja solucionado. “Os turistas vêm em busca das nossas praias, mas quando enfrentam uma estrada nessas condições, muitos desistem de voltar”, relata um empresário do setor hoteleiro de Alcobaça.
Os buracos, além de causarem danos aos veículos, aumentam o risco de acidentes graves. Motoristas são obrigados a realizar manobras bruscas para desviar das crateras, muitas vezes colocando suas vidas em perigo. Em dias de chuva, a situação piora: as poças d’água escondem os buracos, tornando a viagem ainda mais perigosa.
Moradores e motoristas cobram providências urgentes do governo estadual, que até o momento não apresentou um plano de recuperação da via. “A gente paga nossos impostos, mas continua trafegando em estradas que parecem um queijo suíço. Está cada dia pior”, desabafa um motorista que faz o trajeto diariamente entre Teixeira e Alcobaça.
A BA-290 é uma das principais ligações entre o litoral e o interior do Extremo Sul baiano, sendo estratégica para o escoamento de produtos, transporte escolar e acesso aos serviços de saúde. Apesar disso, o descaso com sua manutenção é antigo e tem se agravado nos últimos anos.
Enquanto o asfalto se desfaz e os buracos se multiplicam, cresce a indignação da população e a sensação de abandono por parte do poder público. Caso não haja uma ação imediata, o que já é um problema de mobilidade e segurança pode se transformar em um colapso no turismo regional, comprometendo a principal fonte de renda de diversas famílias.
Por: Fernando Dutra Neres
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