Vice-presidente do Grêmio, Eduardo Magrisso esclarece dúvidas sobre transição da Arena
O Conselho Deliberativo do Grêmio vota, na próxima segunda-feira, alterações estatutárias consideradas necessárias a partir da incorporação da gestão da Arena pelo clube. O contrato com o empresário Marcelo Marques, inclusive, será analisado e apreciado pelos conselheiros.
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É preciso maioria absoluta para a aprovação das mudanças. Ao todo, são oito alterações estatutárias. Uma delas é a criação de uma comissão dentro do Conselho Deliberativo do Grêmio para tratar exclusivamente da Arena.
Além disso, a votação também delibera sobre regras para o uso dos recursos provenientes da exploração do estádio, das atribuições do presidente em poder celebrar negócios envolvendo o estádio e a criação de uma gerência executiva para administração da casa gremista.
– No negócio da Arena, o Grêmio entregava o Olímpico mais 20 anos da gestão do novo estádio para a Arena Porto-Alegrense. O Grêmio cumpriu 12 anos. Foram 144 meses de gestão de outra empresa, além pagamento da cessão onerosa de R$ 2 milhões por mês nesse período. O Marcelo antecipou esses oito anos, em um grande gesto. E o Marcelo deixa um grande legado. Para que a Arena seja geradora de caixa para o Grêmio, para que consiga cumprir os compromissos com a operação dos jogos e a manutenção, seja do equipamento ou do gramado, e que, depois, sirva o caixa o Grêmio –explicou o vice-presidente do Grêmio, Eduardo Magrisso, responsável pela transição.
Principais mudanças
Criação de comissão exclusiva no Conselho Deliberativo para acompanhar negócios da Arena
Ampliação das atribuições do Conselho Fiscal, para que olhe em separado para a Arena
Normatização da distribuição das “sobras” do caixa da Arena: antes de qualquer repasse, o caixa da Arena deverá ter recursos para garantir a operação e a manutenção pelos três meses seguintes; a cada seis meses, se fará um balanço das receitas, e 70% do excedente será repassado ao caixa do Grêmio, e os outros 30% permanecem no caixa da Arena
Será criada uma filial do Grêmio, com novo CNPJ, para administrar a Arena, recebendo todas as receitas oriundas do estádio, de forma independente do caixa do clube
Será criada um cargo de gerência executiva que trate exclusivamente dos assuntos da Arena
Arena passará a ser um bem impenhorável e inalienável, isto é, não poderá ser colocado como garantia para negócios feitos pelo Grêmio
Arena para Grêmio x Vitória
Gabriel Girardon
No comando, o Grêmio espera que haja um incremento de receitas para o clube a partir da exploração do estádio. O empresário Marcelo Marques adquiriu e instalou anel todo de painéis de LED que podem ser utilizados para comercialização publicitária. O gramado recebeu investimento e já houve a compra de mais uma das torres de iluminação artificial. Além da possibilidade de gerar receita com outros espaços
– A receita do quadro social fica direto com o Grêmio, o que pode gerar uma receita de R$ 5 milhões, R$ 6 milhões por mês. A Arena tem 29 mil metros de área local na esplanada, onde está a GrêmioMania. Pode ter um shopping a céu aberto ali. Sobre os naming rights, a próxima gestão terá de buscar um patrocinador. Pode trazer muito resultado também. Dentro da Arena, onde estão os escritório do Grêmio e da Arena Porto-Alegrense, tem vários espaços que podem ser alugados.
– A Arena tem um potencial publicitário muito grande. O estacionamento e a esplanada podem ser palco de eventos quando não tiver jogos. A própria questão dos shows é uma receita que tem que ser considerada desde que não tenha prejuízo para o futebol. O mundo de oportunidades que a Arena traz é grandioso. Qualquer estimativa de receitas é precipitada, mas a operação da Arena gera caixa – completou Magrisso.
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