Saúde

Poliomielite: 63 cidades baianas não conseguiram vacinar nem 50% das crianças

O último caso da doença no país foi registrado em 1990

Informações: Correio24horas
05/07/2018 por Redação, atualizado em 05/07/2018 às 10h38 por Redação

Causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus, a poliomelite geralmente atinge crianças com menos de 4 anos. (Reprodução)Causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus, a poliomelite geralmente atinge crianças com menos de 4 anos. (Reprodução)Sessenta e três cidades baianas estão com cobertura vacinal abaixo de 50% para a poliomielite (ou paralisia infantil). O número representa 15% dos municípios da Bahia e 20% daqueles com o mesmo problema no país: 312. As baixas coberturas vacinais, principalmente em crianças menores de 5 anos, acenderam uma luz vermelha. Ribeira do Pombal, no Nordeste do estado, tem a menor cobertura no país - 0,50% -, segundo o Ministério da Saúde.

Os dados foram divulgados pela coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (PNI), Carla Domingues, em reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), na última quinta-feira, e disponibilizados no site da pasta, ontem.

O ministério fala em alerta, pois a doença infecto-contagiosa viral aguda já está erradicada no país. O último caso foi em 1990. A recomendação da pasta é atualizar as cadernetas de vacinação das crianças, já que as doses estão disponíveis nos postos de saúde. Uma oportunidade será na próxima Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, de 6 a 31 de agosto.

Veja os municípios

Ribeira do Pombal, Itaquara, Milagres, Tanque Novo, Tucano, Maiquinique, Nova Canaã, Potiraguá, Nilo Peçanha, Macaúbas, Igrapiúna, Ibicuí, Dário Meira, Iguaí, Chorrochó, Gentio do Ouro, Ibitiara, Firmino Alves, Salinas da Margarida, Sítio do Quinto, Olindina, Irajuba, Itamari, Gandu, Taperoá, Ilhéus, Planalto, Central, Valente, Andorinha, Gongogi, Pedrão, Itagimirim, Ipiaú, Biritinga, Cocos, Jucuruçu, Araci, Barra do Rocha, Itapebi, Uruçuca, Lapão, Itororó, Alcobaça, Itiruçu, Antônio Gonçalves, Sobradinho, Itarantim, Guaratinga, Itacaré, Irecê, Cabaceiras do Paraguaçu, Aramari, Alagoinhas, Jeremoabo, Vitória da Conquista, Santa Inês, Tremedal, Arataca, Xique-Xique, Santa Luzia, Ubaíra e Itapetinga.

Percentual de cobertura em cada cidade


Doença

Causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus, a poliomelite geralmente atinge crianças com menos de 4 anos, mas também pode contaminar adultos.

A maior parte das infecções apresenta poucos sintomas e há semelhanças com as infecções respiratórias com febre e dor de garganta, além das gastrointestinais, náusea, vômito e prisão de ventre.

Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte.

Transmissão e Prevenção

A poliomielite não tem tratamento específico. A transmissão pode ocorrer de uma pessoa para outra por meio de saliva e fezes, assim como água e alimentos contaminados. No entanto, a doença deve ser prevenida por meio da vacinação.

A vacina é aplicada nos postos da rede pública de saúde. Há ainda as campanhas nacionais.

A vacina contra a poliomielite oral trivalente deve ser administrada aos 2, 4 e 6 meses de vida. O primeiro reforço é feito aos 15 meses e o outro entre 4 e 6 anos de idade. Também é necessário vacinar-se em todas as campanhas. A próxima Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite ocorrerá de 6 a 31 de agosto.

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