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Dono da lateral, Marlon quer ficar no Grêmio após empréstimo: "Escrever minha história aqui"

globoesporte.com - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

27/06/2025 por Redação

Em entrevista exclusiva ao ge, lateral-esquerdo comenta reencontro com Porto Alegre, mudança da forma de jogar do time e expectativa pelo título da Sul-Americana Marlon comenta função na lateral e futuro no Grêmio
Marlon foi a última das 11 contratações feitas pelo Grêmio entre janeiro e abril deste ano, antes da pausa para a Copa do Mundo de Clubes e da chegada de Alex Santana, ocorrida em junho. Dentre os reforços, o lateral-esquerdo é um dos poucos que se tornou titular incontestável.
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Na quinta-feira, o jogador de 28 anos concedeu entrevista exclusiva ao ge e à RBS TV no CT Luiz Carvalho. Na conversa, além comentar o momento na equipe, contou curiosidades da vida pessoal e falou sobre o reencontro com a capital gaúcha.
Na infância e início da adolescência, Marlon morou no bairro Menino Deus e criou laços que foram reavivados após ser contratado pelo Grêmio, clube que diz ser o do coração.
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O lateral-esquerdo está emprestado pelo Cruzeiro até dezembro deste ano, mas o Tricolor tem opção de compra. Com 10 partidas pelo Grêmio, o lateral sente-se em casa e demonstra vontade de permanecer por mais tempo para escrever sua história no clube.
Em julho, quando os jogos serão retomados, terá pela frente os playoffs da Sul-Americana – será inscrito pelo Grêmio para a nova fase – e o Cruzeiro pelo Brasileirão, jogo para o qual é dúvida, visto que o clube gaúcho precisa pagar uma multa de R$ 1,5 milhão para que ele possa enfrentar o time ao qual pertence.
Marlon, lateral do Grêmio, concede entrevista exclusiva ao Globo Esporte
Rafael Favero / ge.globo
Confira trechos da entrevista:
ge - Já se acostumou novamente com Porto Alegre?
Marlon - Eu vivi sete, seis anos por aqui, estudei e tenho todos os meus amigos aqui. Quando tive a oportunidade de voltar para cá, já estava adaptado. Eu sou paranaense de uma região bem fria, né? O oeste paranaense é frio e uma região só de gaúchos, também. Então, estamos em casa. Morei no bairro Menino Deus. Estudava na Zona Norte, do outro lado da cidade. Eu gostava muito de, no fim de semana, ir ao (Parque) Marinha jogar bola. Brincava muito na rua com os guris que estavam comigo. Foi a galera que eu fiz amizade até hoje. Temos o grupo que faz um churrasco quase toda semana.
Gostava de fazer as coisas que crianças gostam. De ir no parque brincar, de jogar um videogame em casa até certa hora, porque a mãe estava sempre controlando, mas foi uma época muito boa. Quando eu voltei para cá, todo esse filme voltou, e só de boas recordações.
Como você veio parar em Porto Alegre, já que é paranaense?
Comecei em uma escolinha de futebol da minha cidade, em Cascavel. Essas escolinhas vinham para o Sul fazer amistosos. E eu acabei me destacando em um torneio em Canoas e fui convidado para ficar um tempo na base do Juventude. Eu fiquei alguns meses lá e depois também fiz um bom período na base do Inter, de cinco a seis anos. Rodei bastante no Interior, por algumas equipes menores, claro, mas eu fiz um bom tempo de base aqui. Estudei aqui desde pequeno, no início da adolescência também, e aí depois eu saí para dar uma rodada.
E como foi esse período?
Foi uma experiência muito boa, que me ajudou a crescer bastante, a entender o futebol também. Porque todo mundo que começa no clube grande acha que vai sair dali e vai jogar na Europa. É aquele sonho. A situação para mim foi completamente distinta. Eu tive que rodar bastante, mas Deus me abençoou bastante depois de ter oportunidade no Criciúma. Aí virei profissional.
Hoje em dia, quando não está jogando, gosta de fazer o quê?
Sou muito caseiro, mas quando tenho tempo, gosto muito de ir ao shopping, assistir filmes no cinema. Eu gosto muito de ir ao cinema. Tudo que não seja terror está valendo. Eu não gosto de terror nem pagando. Nem os trailers eu assisto, mas os outros filmes, de ação, de romance também, eu gosto de assistir bastante. Uma vez ou outra também, sair para provar os restaurantes. Porto Alegre tem muitos restaurantes bons. E, de vez em quando, eu vou a Gramado no fim de semana, quando tenho tempo.
Marlon relembra início em Porto Alegre e conta como aproveita o tempo livre na cidade
Passando para dentro de campo, o teu primeiro jogo como relacionado foi diante do Mirassol. Também foi o jogo da demissão do técnico Gustavo Quinteros. O que você pensou naquele dia?
Quando eu cheguei aqui no Grêmio, já tinha um certo burburinho, pode-se dizer assim, de uma possível saída do treinador, que foi um treinador que a gente respeitou muito e trabalhou com ele até o limite. Mas a gente sabe como o futebol é dinâmico, resultadista também. E quando as coisas não acontecem, isso é normal.
Recentemente, com as lesões dos três laterais-direitos, o Mano passou a te utilizar mais como um ala, avançando mais. Como foi essa mudança para ti?
Foi tranquilo. Na minha equipe anterior (Cruzeiro), fiz uma função similar. E também fiz a função de mais defensor também. Nos jogos mais recentes, o Gustavo Martins tem ido mais para o ataque. Eu até brinco com ele, porque ele e o Alysson estão fazendo uma dobradinha muito boa. Pode parecer que eu sou mais um ala, mas eu fico encarregado desse corredor ali e estou tentando fazer uma dobradinha boa com o Kike (Cristian Olivera), às vezes com o Amuzu. Acho que a gente tem que encontrar soluções. A cada rodada que tu jogas e consegues um bom resultado, na próxima o adversário tenta colocar um empecilho para te atrapalhar.
Jogo com o Kannemann ali na cobertura, então estou tranquilo, né? Mas tem o Wagner também, que é um ótimo zagueiro. A gente se entende muito bem.
Os treinamentos foram retomados na última segunda-feira, depois das férias. Já foi feito algum treinamento tático, após a priorização da parte física?
Sim. Já fizemos alguns trabalhos táticos, alguns analíticos também, por setor. Temos auxiliares que trabalham o setor ofensivo e o setor defensivo. Estamos tentando encontrar cada vez mais sinergia entre os setores para poder ter um jogo melhor, mais vistoso. Acho que, além de buscar ganhar, tu queres também transmitir para o teu torcedor um jogo convincente, que agrade. Estamos conseguindo alinhar o trabalho físico com o tático para voltar melhor. Temos uma sequência dura, fora de casa, nesse começo. É importante estarmos bem.
Marlon em campo pelo Grêmio
Lucas Uebel/Divulgação Grêmio
Esse é um dos melhores momentos da tua carreira?
Não vinha tão bem assim no meu clube anterior e não tenho problema nenhum em falar isso. Eu acho que tudo é cíclico também, e meu ciclo já tinha acabado. Eu fiz um ano de 2023 muito bom, fui um dos destaques e performei muito bem. Em 2024, eu tive uma alternância. Isso não é muito bom quando tu não consegues ter regularidade e constância, que é uma coisa importante para um jogador profissional. Depois, no começo de temporada, quando as coisas não estavam se encaixando, novamente surgiu a oportunidade do Grêmio. Fiquei muito feliz.
Nem toda a fase ruim é para sempre, nem toda a fase boa é para sempre. Tu tens que estar concentrado. Acho que eu ainda tenho uma margem de crescimento aqui no Grêmio.
Pretende permanecer no Grêmio depois do término do empréstimo?
Muita gente me pergunta sobre isso. Eu busco viver o momento. Estou aproveitando cada partida. Eu sou um cara privilegiado, estreei em um Gre-Nal, já pude vivenciar alguns momentos aqui no Grêmio, de cobrança e de momentos bons também. Então, estou muito feliz. Tenho até dezembro aqui, mas, claro, vim com esse intuito, de permanecer por muito tempo e de escrever minha história aqui.
Tenho até dezembro aqui, mas, claro, vim com esse intuito, de permanecer por muito tempo e de escrever minha história aqui.
Depois de ficar fora da primeira fase, agora você está inscrito para jogar a Sul-Americana. Como está a expectativa para os playoffs?
É um torneio que a gente vê muito bem, né? E agora estou apto para jogar. No ano passado, chegamos (Cruzeiro) na final e quase beliscamos um título ali. Perdemos para a equipe do Racing, que é qualificadíssima. Agora, esse ano aqui no Grêmio vejo uma oportunidade muito boa, um lastro maior para poder se preparar para os jogos. E a competição vira praticamente uma Libertadores. E o Grêmio, tradicionalíssimo em Libertadores, um clube que é copeiro por si só. A gente vê uma opção muito boa de ser campeão.
E contra o Cruzeiro, se você não jogar, vai poder passar informações da equipe para o Mano, certo?
A gente tenta ajudar de todas as maneiras. O Mano é um treinador que vivenciou muito a casa do Cruzeiro, é um cara que foi vencedor lá também, que conhece muito. Hoje em dia no futebol a informação está para todos também. Temos uma equipe de análise de desempenho muito boa, mas naquilo que ele me procurar e solicitar, eu posso passar alguma informação. É uma equipe muito boa, né? Eu conheço os jogadores por ter vivido um bom período lá. Vai ser um jogo muito difícil. Vamos ter que respeitar o Cruzeiro, mas também tentar jogar para não sermos surpreendidos. O Cruzeiro em casa é uma equipe muito forte e vive um momento muito bom também.
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