
Millonarios bateram o Urawa Reds por 3x1 em Seattle O River Plate perdeu apenas um dos 26 jogos que fez até aqui em 2025. Empatou, no entanto, 11 deles. É possível olhar a temporada do time argentino pelos dois prismas, e o mesmo se aplica a atuação da equipe na tarde desta terça-feira. Do mesmo jeito que foi superior ao Urawa Reds basicamente o tempo todo, passou por oscilações inesperadas ao longo dos 90 minutos.
Colídio, Driussi e Meza marcaram os gols argentinos. Marcos Acuña, autor de duas assistências, e Mastantuono também merecem destaque pela contribuição em campo. O River perdeu organização defensiva na 2ª etapa e parecia perto de sofrer o empate quando marcou o terceiro gol. O Urawa demorou a ganhar agressividade na partida.
Escalações
Marcelo Gallardo promoveu o retorno de Montiel na lateral-direita e a entrada de Pezzela na zaga. Já o polonês Maciej Skorza escalou basicamente a equipe que costuma botar em campo. A novidade foi a entrada de Naganuma na lateral-esquerda. Ogiwara ficou no banco. Os brasileiros Danilo Boza e Matheus Sávio foram titulares na zaga e no meio-campo respectivamente.
Como River Plate e Urawa Reds iniciaram o duelo válido pela 1ª rodada do Grupo E da Copa do Mundo de Clubes 2025
Rodrigo Coutinho
O jogo
O 1º tempo em Seattle teve dois momentos distintos. Em ambos o River foi superior. No primeiro, o time argentino trabalhou mais tempo com a bola dentro do campo do Urawa Reds, que propositalmente marcava atrás. Não demorou para que os argentinos chegassem ao gol. Já no segundo, os japoneses tentaram adiantar o bloco defensivo e ter a bola, mas não tiveram sucesso.
Alvo de atenção pelo talento precoce, Franco Mastantuono foi importante na jogada que gerou o gol do River. Um lance que representou perfeitamente a forma de atacar da equipe. Flutuou com a bola da direita para o meio, já que Montiel dava largura ao campo em seu setor, e inverteu para Acuña, que fazia o mesmo que Montiel pela esquerda. O cruzamento encontrou a cabeça de Colidio. 1x0.
A estratégia dos Millonarios era essa ao entrar em fase ofensiva. Aos poucos soltar os laterais em amplitude e de forma simultânea. Enzo Pérez recuava para trabalhar entre os zagueiros. Mastantuono e Colídio ganhavam liberdade para se aproximar dos meias e de Driussi, além de buscarem a área na hora de terminar os ataques.
Facundo Colidio comemora gol do River Plate contra o Urawa Reds
Alika Jenner - FIFA/FIFA via Getty Images
O Urawa era pouco agressivo ao marcar longe da própria área. Apenas se posicionava e tentava fechar os espaços. Já tinha sofrido uma finalização de Driussi na trave um pouco antes do gol, mas o River passou a administrar o ritmo e perdeu contundência. Seguiu com o jogo sob controle. Os japoneses, no entanto, começaram a transformar a postura que apresentavam até então.
Passaram a realizar movimentos de subida de marcação. Inibir os avanços argentinos e aumentaram o tempo com a bola nos pés. Faltava capacidade para se conectar, apesar da entrega e da disciplina dos jogadores de meio e ataque para se mover. Gustafson subiu de produção e Kaneko acertou uma finalização relativamente perigosa da entrada da área. Pouco, porém, para equilibrar as ações.
O River se ressentiu de mais participação de Nacho Fernandez, muito burocrático na meia-direita. Castaño teve uma queda de produção a medida que o River perdeu agressividade. Gallardo sacou Nacho Fernandez e o amarelado Enzo Pérez no intervalo. Meza e Galoppo entraram. Castaño foi recuado para jogar como volante.
Com meias mais participativos e agudos, o River demorou só dois minutos para ampliar. Meza errou um passe para a área, mas o zagueiro Hoibraten vacilou ao tentar recuar de cabeça para Nishikawa. A bola ficou curta e Driussi se antecipou ao goleiro para marcar. O centroavante se lesionou na jogada e deu lugar a Miguel Borja.
Marcos Acuña e Kaneko disputam lance em River Plate x Urawa Reds pela Copa do Mundo de Clubes
Reuters/Stephen Brashear
Apesar da vantagen no placar, o River tentou manter a pressão na saída de bola do Urawa, mas se desorganizou neste sentido. Tanto que viu os japoneses superarem tal marcação com facilidade em dois lances seguidos. Em um deles, Kaneko recebeu de Gustafson e sofreu o pênalti convertido por Matsuo aos 12 minutos.
O time asiático ganhou moral e o jogo esquentou. Matheus Sávio e Watanabe subiram de produção. A participativa torcida do Urawa se inflamou ainda mais. Maciej Skorza só foi mexer na equipe na segunda metade da etapa final. O brasileiro Thiago Santana substituiu Matheus Sávio. Sekine entrou na vaga de Kaneko.
Quando parecia estar perto do empate, o time japonês mostrou novamente a fragilidade que possui para defender a área. Meza se antecipou a Danilo Boza e marcou de cabeça no escanteio cobrado por Marcos Acuña. Nishikawa não foi bem no lance.
Pity Martinez e Casco também foram utilizados por Gallardo. Armani precisou trabalhar para impedir um gol de Thiago Santana perto dos acréscimos, o Urawa continuou incomodando, mas o River também teve suas possibilidades na aberta reta final de jogo.