
Colorado chegou a seis rodadas sem vencer no campeonato e ficará todo período de pausa na zona de rebaixamento Inter encerra 1º semestre na zona do rebaixamento do Brasileirão
De férias por conta da pausa no calendário brasileiro para a disputa da Copa do Mundo de Clubes, o Inter precisa lidar com a realidade de estar na zona de rebaixamento do Brasileirão, onde ficará, no mínimo, até a retomada do campeonato, no fim de semana de 12 de julho.
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O último resultado negativo, a derrota para o Atlético-MG, na quinta-feira, culminou na queda de três posições na tabela. Em 17º lugar, o Colorado soma apenas 11 pontos em 12 rodadas, o seu pior início na era dos pontos corridos.
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Enquanto vai mal no Brasileiro, o Inter tem bom desempenho em outras frentes. O time está classificado às oitavas de final da Copa do Brasil e da Libertadores, além de ter sido campeão gaúcho. Neste caso, inclusive, o clube deu o máximo para voltar a ser campeão depois de quase nove anos e impedir o inédito octacampeonato do rival.
De fato, a campanha no Brasileirão é a que mais destoa do restante no ano. Diante disso, o ge lista cinco motivos que podem ajudar a explicar a campanha de zona do rebaixamento do Inter neste momento. Confira:
Técnico Roger Machado na goleada sofrida pelo Inter para o Botafogo no Brasileirão
Jorge Rodrigues/AGIF
Defesa inconsistente
O Inter tem a segunda pior defesa do Brasileirão, com 18 gols sofridos, junto com Fortaleza e Sport, esse com um jogo a menos. A equipe teve início sólido, com apenas um gol nas primeiras três rodadas. Depois, porém, a defesa vazou em todas as nove partidas seguidas. Os piores momentos foram nas derrotas para Corinthians e Botafogo, ambas fora de casa, quando o Inter levou oito gols, quatro em cada confronto.
Pontos perdidos em casa
O desempenho em casa certamente esteve abaixo do esperado, visto a força do Inter no Beira-Rio. Embora as duas vitórias no Brasileirão tenham sido como mandante, contra Cruzeiro e Juventude, a equipe teve três resultados frustrantes diante da torcida. A derrota para o Palmeiras está dentro de um cenário normal, mas o empate com o Mirassol, não. Por último, revés também para o Fluminense. Nesses dois jogos, o Inter vinha embalado por vitórias importantes na Libertadores.
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Prioridade nas copas
Em uma escala de importância, o Brasileirão sempre pareceu ficar em segundo plano para o Inter. Em jogos com Botafogo e Sport, por exemplo, ambos fora de casa e prévios a duelos decisivos na Libertadores, contra Nacional e Bahia, o técnico Roger Machado preservou grande parte dos titulares. Somou um ponto em seis disputados.
Mesmo nos jogos seguintes, já citados, em casa contra Mirassol e Fluminense, o time não demonstrou a mesma intensidade, talvez pelo peso dos jogos de copa disputados antes. É bem verdade que conquistou vaga em primeiro lugar no chamado grupo da morte da Libertadores, mas a situação no torneio de pontos corridos ficou comprometida.
Até na Copa do Brasil, onde entrou já na terceira fase e com duelo contra o Maracanã, da Série D, foi priorizada a utilização de titulares.
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Elenco prejudicado por lesões
O calendário brasileiro, naturalmente apertado pelas várias competições, ficou ainda mais comprimido com a pausa de um mês para disputa da Copa do Mundo de Clubes. Desta forma, a rotina de jogo atrás de jogo, a cada três ou quatro dias, certamente teria impacto na condição física dos atletas. No Inter não foi diferente, e a lista chegou a ter mais de um time inteiro no departamento médico, incluindo lesões antigas.
O ataque colorado quase sempre foi o mais prejudicado. Nomes como Borré, Valencia, Carbonero e Vitinho ficaram (ou ainda estão) fora por questões clínicas. Recentemente, Fernando foi mais uma vítima ao sofrer grave lesão no joelho. Outra peça importante, Rochet atuou 45 minutos em toda temporada, também com vários problemas médicos.
ge Inter comenta lesão do volante Fernando
Fernando sofreu lesão em partida do Inter contra o Fluminense
Tomás Hammes
Insistência nos três volantes
Três volantes ou um volante e dois meio-campistas? A questão envolvendo o esquema tático de Roger gerou debate em mais de uma oportunidade nos últimos tempos. No geral, o treinador costumava escalar o time com dois homens na abertura do meio de campo (Fernando e mais um), dois nas pontas (quase sempre Wesley um deles), às vezes com características diferentes, um meia centralizado (Alan Patrick) e um centroavante.
Thiago Maia Bruno Henrique Alan Patrick Inter
Ricardo Duarte/Divulgação, Internacional
A partir do jogo com o Corinthians, Roger optou por mais um volante, via de regra. Pelo histórico da equipe titular, Thiago Maia foi a novidade na escalação. Foram três derrotas seguidas. Além do Timão, para Atlético Nacional e Botafogo, essa com time misto. O ponto positivo foi a vitória no Uruguai sobre o Nacional. O treinador retomou o esquema com dois volantes, mas voltou a apostar em três contra o Atlético, em nova derrota.
No total, foram seis partidas com os ditos três volantes, com uma vitória, um empate e quatro derrotas, sendo três pelo Brasileirão.
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