Cruzeiro passou por mudanças estruturais desde o último clássico e vive bom momento na temporada Cruzeiro x Atlético: clássico deve receber mais de 60 mil pessoas
O Cruzeiro vive um cenário bem diferente daquele quando perdeu por 2 a 0 para o Atlético, pelo Campeonato Mineiro, que deu abertura a uma sequência negativa e que deixou cicatrizes na Toca da Raposa.
Depois de bater cabeça no início de temporada, o time celeste se ajustou ao modo de trabalho de Leonardo Jardim e chega em alta para o clássico deste domingo.
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No G-4 do Brasileirão com 16 pontos, o Cruzeiro encontrou uma forma eficiente para poder atuar, levar menos gols e fazer mais. Até achar a “fórmula”, o time viveu um momento turbulento com polêmicas de jogadores, do dono da SAF e maus resultados. O ge elencou momentos que marcaram a Raposa nas últimas semanas.
Saída de jogadores
Dois jogadores, considerados então titulares, deixaram o clube em meio a insatisfações quanto à situação no elenco. O lateral Marlon, que vinha perdendo espaço na esquerda, acertou com o Grêmio, um dia após ser titular contra o Mushuc Runa, na Copa Sul-Americana.
Gabigol, Dudu e Leonardo Jardim; Cruzeiro
Fernando Moreno/AGIF
Outro a deixar o elenco, mas de forma polêmica, foi o atacante Dudu. O jogador chegou a ser afastado dos treinos, um dia depois foi levado novamente às atividades e, logo depois, acertou a rescisão milionária com o Cruzeiro, acertando com o rival Atlético-MG.
Declarações com dono
Em meio à eliminação no Estadual, a campanha ruim na Sul-Americana e o início irregular no Campeonato Brasileiro, as críticas sobre o elenco e o trabalho da diretoria de futebol do Cruzeiro vieram do próprio sócio majoritário da SAF. Lourenço criticou abertamente o CEO, Alexandre Mattos, e disse que futebol era um péssimo negócio.
Pedro Lourenço e Dudu no Cruzeiro
Gustavo Aleixo/Cruzeiro
As declarações mexerem com os bastidores do Cruzeiro. No mesmo dia que a torcida protestou contra o time e o departamento de futebol na entrada da Toca da Raposa, parte do elenco teve uma reunião com Pedro Lourenço no escritório do empresário. Logo depois, revelou-se um pacto dos atletas.
Resultados ruins e eliminações
O Cruzeiro investiu pesado no elenco, com contratações de estrelas do futebol brasileiro, como o zagueiro Fabrício Bruno e os atacantes Dudu e Gabigol. A folha salarial do clube chegou à casa dos R$ 20 milhões com os investimentos realizados. Mas os resultados não vieram.
Leonardo Jardim assumiu o Cruzeiro na última rodada da primeira e não conseguiu vencer no Campeonato Mineiro. Perdeu para o Democrata GV, empatou os dois jogos da semifinal com o América-MG e foi eliminado nos pênaltis.
Marlon, do Cruzeiro, lamenta pênalti cobrado para fora diante do América-MG
Fernando Moreno/AGIF
No Brasileiro, o time iniciou a campanha de forma irregular. O que acabou provocando uma série de mudanças no clube.
Leonardo Jardim com respaldo
Sob respaldo do dono do clube, Leonardo Jardim mexeu com as estruturas de poder no elenco e no departamento de futebol para tentar colocar o time nos trilhos. Tirou Dudu, Gabigol e William do time titular.
O técnico português encontrou uma nova formação inicial que mostrou resultado com: Cássio; Fagner, Fabrício Bruno, Villalba e Kaiki; Romero, Lucas Silva, Christian e Matheus Pereira; Wanderson e Kaio Jorge.
Com essa base de titulares, o Cruzeiro de Jardim engrenou na temporada e já soma seis partidas seguidas sem derrotas , com cinco vitórias e um empate nos últimos jogos.
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