
Estimativa foi realizada pela FecomercioSP. Crescimento mais expressivo foi apresentado no setor das lojas de móveis, mas vestuário ainda é destaque na comemoração. Movimento na Rua 13 de Maio, principal corredor comercial de Campinas
Alexandre de Jesus/EPTV
O Dia das Mães, segunda data mais importante para o comércio no país, pode render um faturamento em R$ 6,1 milhões até o fim de maio na região de Campinas (SP), segundo levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
A projeção apurou que a data comemorativa celebrada neste domingo (11) irá impulsionar as vendas em cinco segmentos e gerar um crescimento de 5,9% na receita do varejo, frente ao mesmo mês do ano anterior.
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🤔 Como a pesquisa é feita? O estudo foi feito em parceria com a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, com dados oficiais fornecidos pelo órgão. A FecomercioSP acompanha e projeta o desempenho do comércio em 16 regiões do estado todos os meses, desde 2008.
Confira a projeção completa abaixo ⬇️
Projeções de faturamento do comércio varejista na região de Campinas
O crescimento mais expressivo foi apresentado no setor das lojas de móveis e de itens decorativos, com 29,9% de variação entre 2024 e 2025, somando R$ 67,5 mil neste ano. O economista da federação, Thiago Carvalho, explica que o crescimento foi uma tendência observada em todo o estado.
Esse tipo de movimento é bem comum. A gente sempre faz essa ressalva que, apesar de ter essa alta significativa, isso é comum, não significa que o vendedor vai vender muito, porque o setor tá bem sujeito a essas grandes variações, frisa.
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O economista também destaca que as lojas de vestuário, apesar de não apresentarem o maior crescimento, são o setor mais procurado na hora de procurar presentes. Em maio, as vendas em lojas do segmento na cidade devem arrecadar R$ 777,3 mil, uma alta de 7,7% em relação a 2024.
As lojas de departamento e eletrônicos devem registrar uma estabilidade, com uma variação de 0,5% ao ano anterior, por serem produtos mais caros e de maior investimento.
Taxas de juros elevadas normalmente desestimulam a compra desses bens, que são bens duráveis e dependem de crédito. Você compromete a renda com as parcelas durante alguns meses. Então, no período que a gente tem algumas incertezas no campo econômico, inflação elevada, taxa de juros também, o consumidor acaba adotando uma postura mais cautelosa em relação à aquisição desses bens, e por isso esse desempenho um pouco mais tímido.
Thiago reitera que a situação econômica do país e o poder de compra da população são determinantes para a alta (ou baixa) do varejo. A escolha de como ou se vai presentear alguém depende da capacidade de consumo do cidadão.
A gente ainda projeta alta nas vendas, mas muito por conta do mercado de trabalho que segue positivo. A taxa de desemprego nas mínimas, geração de empregos com carteira assinada também com bom desempenho. Isso significa mais gente com capacidade de consumir e de presentear no Dia das Mães. Então, esse eu diria que é o principal fator que justifica a projeção de alta nas vendas para esse mês de maio, explica.
Apesar da alta momentânea, segundo o economista, o setor deve continuar em desaceleração no segundo semestre do ano. “Já estamos observando desaceleração dessas taxas de crescimento, que vem caindo. Acho que até natural, por conta desse cenário, mas o cenário ainda é positivo”.
Comércio de Campinas
Reprodução/EPTV
*Estagiária sob supervisão de Gabriella Ramos.
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