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Há seis jogos sem vencer, Grêmio tem seis motivos para explicar crise; saiba mais

globoesporte.com - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

02/05/2025 por Redação

Tricolor encara o Santos na Arena, no próximo domingo, para tentar interromper ciclo negativo Qual é a briga do Grêmio no Brasileirão?
O Grêmio chegou a seis jogos seguidos sem vencer após perder para o CSA por 3 a 2 na quarta-feira, pela Copa do Brasil. A última vez que o clube atingiu essa marca foi em junho do ano passado, logo após a enchente e mandando seus jogos fora do Rio Grande do Sul. Na ocasião, porém, foram quatro derrotas e dois empates. Agora, são três derrotas e três empates.
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O Tricolor tentará dar fim ao ciclo negativo com a ajuda da torcida. Depois de três partidas como visitante, o time recebe o Santos no domingo, às 16h, na Arena, pela sétima rodada do Brasileirão. Para vencer o momento de crise, o técnico Mano Menezes pediu a ajuda da massa:
— É o primeiro jogo que vamos fazer como mandante, e o torcedor deve ter visto também como é difícil jogar como visitante. O ambiente do jogo interfere diretamente na produção das equipes. Nós precisamos muito. Mesmo que tenhamos consciência que temos que melhorar. Só vamos melhorar ao lado do nosso torcedor. A gente pede esse voto de confiança.
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O saldo do mês que recém acabou também é ruim. Nos nove compromissos de abril, apenas duas vitórias (contra Sportivo Luqueño e Atlético Grau pela Sul-Americana). Seis dessas partidas foram nas casas dos adversários.
O Grêmio em abril
02/04 - Sportivo Luqueño 1 x 2 Grêmio - Sul-Americana
05/04 - Ceará 2 x 0 Grêmio - Brasileirão
08/04 - Grêmio 2 x 0 Atlético Grau – Sul-Americana
13/04 - Grêmio 0 x 2 Flamengo - Brasileirão
16/04 - Mirassol 4 x 1 Grêmio - Brasileirão
19/04 - Grêmio 1 x 1 Inter - Brasileirão
24/04 - Godoy Cruz 2 x 2 Grêmio - Sul-Americana
27/04 - Vitória 1 x 1 Grêmio - Brasileirão
30/04 - CSA 3 x 2 Grêmio - Copa do Brasil
16 gols sofridos
11 gols marcados
33,3% de aproveitamento
Edenilson lamenta resultado do Grêmio contra o CSA
Marlon Costa/AGIF
As raízes da crise
Perda do Gauchão
O primeiro objetivo do Grêmio em 2025 era alcançar o oitavo título estadual e igualar uma marca que apenas o maior rival tinha, ainda da década de 1970. A sequência foi interrompida, e o Inter voltou a conquistar o Gauchão depois de muito tempo. No primeiro jogo da decisão, o Tricolor engoliu uma derrota incontestável por 2 a 0 na Arena, empatando em 1 a 1 no Beira-Rio.
No combo que incomoda o torcedor está o fato de a equipe não vencer Gre-Nais desde outubro de 2023. Nesta temporada, já ocorreram quatro clássicos — três pelo Campeonato Gaúcho — e um Brasileirão, com três empates e uma derrota.
Atuações ruins
O que começou a minar o trabalho do antigo técnico, Gustavo Quinteros, foram as atuações irregulares, que viraram regra a partir da segunda partida da semifinal do Gauchão, quando perdeu por 2 a 1 para o Juventude. Derrotado no tempo normal (com a expulsão de Jemerson na etapa inicial), a vaga veio nos pênaltis.
Quinteros criou a expectativa de que a equipe melhoraria quando tivesse mais tempo para treinar após o Gauchão e com a pausa viabilizada pela Data Fifa. Na estreia pelo Brasileirão, o time venceu o Atlético-MG, mas contou com uma grande atuação do goleiro Tiago Volpi.
O desempenho aquém do esperado se repetiu mesmo com vitória por 2 a 1 sobre o Sportivo Luqueño, na Sul-Americana, e na derrota para o Ceará no Brasileirão. Apesar de na sequência bater o Atlético Grau por 2 a 0 — a última vitória, em 8 de abril —, o time foi vaiado na Arena.
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Aposta decepcionante
Depois de perder o ídolo Renato Portaluppi, que não quis permanecer como treinador por mais uma temporada, o Grêmio resolveu apostar em um técnico estrangeiro. Buscou Gustavo Quinteros, campeão argentino em 2024 pelo Vélez Sarsfield. Não deu certo.
O treinador foi demitido depois de 20 jogos e duas derrotas consecutivas que se somaram às más atuações: 2 a 0 para o Flamengo, na Arena, e 4 a 1 para o Mirassol, em São Paulo.
Com exceção de goleadas sobre Caxias, São Luiz e Pelotas, o trabalho de Quinteros nunca convenceu. Como legado, deixou uma equipe sem padrão de jogo e titulares definidos, com problemas de marcação e que abusava das ligações diretas entre defesa e ataque.
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Sem sustentar resultados
Mano Menezes assumiu o comando há três jogos. Em todos, o Grêmio largou com vantagem no placar. Contra Godoy Cruz e Vitória, cedeu o empate. Diante do CSA, levou a virada, com gol nos acréscimos.
As falhas que causaram a queda de Quinteros se repetem e ainda não foram corrigidas pelo novo técnico, que não consegue tempo para treinar e precisa transformar o modo de se defender do time.
— Há mais tempo, o Grêmio jogava com perseguições. Isso fica muito no imaginário do jogador, está acostumado a fazer dessa maneira. Quando você começa a trabalhar com posicionamento zonal, precisa que toda equipe faça esse posicionamento junto para essas coisas funcionarem bem. Um bom enfrentamento de um contra um inicia com um bom posicionamento. Se você está mal posicionado, você já sai atrasado, se dá muita vantagem ao adversário, e aí dificulta mais as coisas — justificou Mano Menezes na quarta-feira.
Dificuldade contra equipes menores
O Grêmio sobrevive na Copa do Brasil sem vencer. Na primeira fase, empatou em 1 a 1 com o São Raimundo, em Roraima, e conquistou a vaga nos pênaltis. O adversário sequer está em uma das divisões do futebol nacional.
Depois, novo empate, desta vez em 3 a 3 com o Athletic, em Minas Gerais, e outra classificação nos pênaltis. Os mineiros conquistaram o acesso para a segunda divisão no ano passado, pela primeira vez na sua história.
Nas duas oportunidades, o Grêmio esteve longe de mostrar a tradição na Copa do Brasil e a superioridade de investimento que possui em relação aos adversário.
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Agora na terceira fase, que passa a ter jogos de ida e volta, a primeira amostragem também não agradou. Perdeu por 3 a 2 para o CSA, que disputa a Série C do Brasileirão, em uma virada a partir dos 40 minutos do segundo tempo. O clube gaúcho tem a chance de reverter a situação no dia 20 de maio, na Arena.
Contratações não resolvem
O Grêmio fez 11 contratações neste ano. Entretanto, apenas três conquistaram status de titular. O goleiro Tiago Volpi (questionado recentemente em gols sofridos contra Vitória e CSA), o zagueiro Wagner Leonardo e o atacante Cristian Olivera foram os que se afirmaram.
Reforço mais recente, o lateral-esquerdo Marlon tende a permanecer na equipe colocando outra contratação, Lucas Esteves, no banco. Por lesão, Amuzu ainda não pode ser aproveitado por Mano Menezes.
Cuéllar tem poucos minutos em campo pelo Grêmio
Lucas Uebel / Grêmio FBPA
Cuéllar começou uma partida após 40 dias para fazer reforço muscular. Luan Cândido chegou fora de forma. João Lucas não conseguiu fazer sombra a João Pedro.
Camilo perdeu a vaga na equipe principal para Dodi, que já estava no grupo no ano passado. Jorge, contratado do Pelotas (rebaixado no Gauchão), chegou para ser o terceiro goleiro.
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