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Pelo menos 125 mil deslocados e 180 mortos desde março no Sudão no Sul

A "rápida escalada da violência" no Sudão do Sul causou desde março pelo menos 125.000 deslocados, 180 mortos e 250 feridos, alertou hoje a Agência da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

Rastro101
Com informações do Notícias ao Minuto

15/04/2025 por Redação

Divulgação/Notícias ao MinutoDivulgação/Notícias ao MinutoO país mais jovem do mundo, rico em petróleo, mas extremamente pobre noutros aspetos, está ser afetado pela violência em várias regiões, mas principalmente no nordeste.
 
Em 18 de março, a ONU informou que 50.000 pessoas estavam deslocadas por causa dos combates no nordeste do país.
"Todos os envolvidos na violência devem abster-se de ferir a população e os trabalhadores humanitários, que arriscam as vidas todos os dias para levar ajuda", pediu a representante especial adjunta da missão da ONU no Sudão do Sul, Anita Kiki Gbeho, em comunicado.
Na mesma declaração, na qual denunciou uma "rápida escalada da violência", a OCHA relatou que quatro trabalhadores humanitários foram mortos e seis instalações de saúde tiveram de ser fechadas por terem sido alvo de "saques e destruição".
Essa situação de insegurança, aliada a grandes cortes na ajuda dos EUA ao país, está a impulsionar a disseminação da cólera, a pior epidemia no Sudão do Sul nos últimos 20 anos.
A doença causou mais de 900 mortos em quase 49.000 casos registados, afirmou hoje a OCHA.
O Sudão do Sul tem confrontos em várias regiões, e a detenção em março do vice-Presidente sul-sudanês, Riek Machar, pelas forças leais ao Presidente, Salva Kiir, marcou uma escalada de violência que deixou o país à beira de um novo conflito, quase sete anos após o fim de uma guerra civil devastadora.
Os combates entre os partidários dos dois homens mataram cerca de 400.000 pessoas e deslocaram quatro milhões entre 2013 e 2018.
No estado do Alto Nilo, no nordeste do país, onde a violência recente começou, as forças leais a Kiir estão a lutar contra o "exército branco", uma milícia cujos membros Juba são acusados de colaborar com Riek Machar.
No entanto, vários especialistas da região, entrevistados pela agência de notícias France-Presse (AFP), acreditam que essa milícia não obedece ao vice-Presidente preso.
"Esse novo surto de violência deve cessar", disse Gbeho, acrescentando: "9,3 milhões de pessoas no país hoje precisam de ajuda", de uma população total estimada pelo Banco Mundial em 11,5 milhões, em 2023.
Leia Também: Pelo menos 20 mortos e 25 feridos em conflitos tribais no Sudão do Sul

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