Divulgação/Notícias ao Minuto"Se for uma tentativa de expulsão permanente (dos habitantes de Gaza no norte do enclave) que resultará na fixação de colonos ali, então é uma limpeza étnica", reiterou o antigo titular da Defesa entre 2013 e 2016.
Numa coluna de opinião no jornal liberal israelita Haaretz, Yaalon denunciou como um terço dos parlamentares do Likud, o partido de Netanyahu, participou numa conferência liderada pela colona Daniella Weiss, que exigiu que todos os árabes da Faixa fossem substituídos por "colonos messiânicos", como o ex-governante os apelida.
Pouco depois desta conferência, o ministro israelita da Habitação e Construção, o ultraortodoxo Yitzhak Goldknopf, apelou à construção de colonatos judaicos no enclave depois de garantir que tinha procurado locais adequados.
Estas intenções das autoridades israelitas levaram ao "desastre de Haia", defendeu Yaalon, referindo-se ao mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional contra Netanyahu e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
"Tal 'honra' é mais comum ser concedida a figuras como Khadafi, Milosevic, Putin e outros governantes antidemocráticos", argumentou o antigo governante, referindo que a decisão do TPI também se relaciona com a linguagem dos ministros numa referência às declarações do líder das Finanças, Bezalel Smotrich, que considerou moral deixar "morrer de fome dois milhões de habitantes de Gaza".
Como solução, apelou à realização de eleições para que o povo possa escolher entre um Estado "judeu, democrático e liberal" ou uma "ditadura messiânica", bem como entre um processo de separação a longo prazo com os palestinianos, a ocupação ou um 'apartheid'.
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