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Operação combate crimes ambientais em Belo Horizonte e mais 16 cidades mineiras

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

28/11/2024 por Redação

De acordo com a instituição, 36 mandados de busca e apreensão são cumpridos e as investigações apontaram movimentação de R$ 260 milhões, em cerca de dois anos, sem comprovação. Mata Atlântica (imagem ilustrativa)
Jornal Nacional
A Polícia Civil faz, na manhã desta quinta-feira (28), a Operação Angra em 17 cidades mineiras para combater receptação, falsidade ideológica, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro relacionadas a crimes ambientais.
De acordo com a instituição, 36 mandados de busca e apreensão são cumpridos e as investigações apontaram movimentação de R$ 260 milhões, em cerca de dois anos, sem comprovação.
A ação é feita nas seguintes cidades:
Belo Horizonte
Região Metropolitana
Nova Lima
Contagem
Rio Acima
Itatiaiuçu
São José da Lapa
Esmeraldas
Ribeirão das Neves.
Região Central
Sete Lagoas
Barão de Cocais
Itabirito
Congonhas
Santa Bárbara
Bom Jesus do Amparo
Região Centro-Oeste
Divinópolis
Cachoeira da Prata
Maravilhas
Alvos
Um dos alvos, a Unidade de Tratamento Minerário (UTM) e os controladores, em Itabirito, foram indiciados em 2023 pela prática de crimes ambientais de execução de serviços potencialmente poluidores sem licença ambiental dos órgãos reguladores e pela supressão de árvores da Mata Atlântica.
No primeiro inquérito apurou-se que o empreendimento era um dos principais destinatários de minério de ferro de origem ilícita do quadrilátero ferrífero, atividade altamente lucrativa, e que os administradores possuem diversas ocorrências de crimes ambientais praticados ao longo dos últimos dez anos.
Sendo assim, um novo inquérito foi instaurado para apurar os crimes ambientais, principalmente lavagem de dinheiro com a finalidade de recuperar os ativos ilícitos e desestruturar a organização criminosa.
Durante as investigações foi descoberto grande esquema de lavagem de dinheiro envolvendo empresários que vendiam ilegalmente o minério de ferro com a utilização de vários artifícios criminosos, dentre eles a criação de empresas de fachada e a utilização de “laranjas” com o objetivo de ocultar a origem ilícita dos recursos milionários movimentados em contas.
Segundo a Polícia Civil, o comércio ilegal de minério de ferro é um dos grandes financiadores da destruição de áreas protegidas no estado de Minas Gerais sem a devida compensação ambiental, o que acelera as mudanças climáticas. Além do crime ambiental, os crimes contra a ordem tributária afetam investimentos públicos, trazendo consequências negativas à sociedade mineira.
Angra
A Operação Angra é realizada pela Polícia Civil por meio do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema) e foi batizada com o nome da deusa do fogo e da metalurgia, na mitologia tupi-guarani
A ação conta com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e de auditores da Secretaria de Fazenda do Estado de Minas Gerais.
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