Suspeitos, que atuavam em Piraju (SP), devem responder por organização criminosa, tráfico de drogas, lavagem de capitais e coações. Policiais Civis, entre eles um vereador, atuavam em Piraju (SP) e foram presos em setembro
MPSP/Divulgação
A Justiça aceitou a primeira denúncia oferecida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) contra quatro policiais civis, entre eles um vereador, investigados na Operação Cama de Gato. Os suspeitos, que atuavam em Piraju (SP), devem responder por organização criminosa, tráfico de drogas, lavagem de capitais e coações.
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De acordo com o Ministério Público, a investigação apontou que os policiais civis pegavam drogas de traficantes, inclusive vinculados a facções criminosas.
Eles chegavam a simular prisões que, na realidade, não aconteciam. Nesses casos, os policiais forjavam situações de abordagem única e exclusivamente para dar aos traficantes a chance de fugir e, assim, poderem se apropriar das drogas.
Já com os entorpecentes, os investigados providenciavam a remessa da droga com destino a comunidades no Rio de Janeiro, sendo que os pagamentos decorrentes do tráfico eram feitos por laranjas.
Conforme o MP, além de policiais civis, egressos do sistema prisional também integravam a organização criminosa, facilitando a troca de informações e atraindo traficantes responsáveis pela remessa de grandes quantidades de drogas que seriam, posteriormente, roubadas.
A investigação apontou, ainda, que um participante do esquema tinha habilitação para pilotar helicóptero, viabilizando até mesmo o transporte aéreo e interestadual da droga.
Os policiais seguem presos e as diligências prosseguem para a identificação de outros envolvidos.
Relembre o caso
Armas, drogas e dinheiro foram apreendidos em operação do Gaeco em Piraju (SP)
MPSP/Divulgação
Quatro policiais civis, entre eles um vereador, foram presos em setembro. O vereador é Paulo Rogério Cardoso (PL), conhecido como Paulinho Policial. O g1 não conseguiu contato com a defesa do investigado. Os nomes dos outros policiais presos não foram divulgados.
Na época, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a Polícia Civil instaurou um procedimento administrativo contra os policiais envolvidos, que podem perder o cargo na instituição ao fim das apurações.
Além do Gaeco, a Polícia Militar e a Polícia Civil participaram da Operação Cama de Gato. Foram cumpridos 12 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão nos estados de São Paulo, em cidades como Avaré, Piraju e Chavantes, e do Paraná.
Segundo o Gaeco, o esquema teve início em Carlópolis (PR), onde o grupo comprava drogas em grande quantidade e negociava armas de grosso calibre, incluindo fuzis.
A ação resultou na apreensão de R$ 105 mil em dinheiro e carros de luxo. Um dos detidos, em Piraju, chegou a destruir o celular para tentar ocultar sua participação no esquema.
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