Treinador tem um padrão de jogo e trabalha com titulares e reservas da mesma forma para que a ideia esteja entendida por quem entre em campo Inter está perto de alcançar marca histórica no Brasileirão
O técnico Roger Machado se acostumou a afirmar que o momento de ascensão do Inter, com 14 jogos de invencibilidade no Brasileirão, se deve a uma ideia fixa e consolidada no elenco. Só que, para tudo fluir, além dos conceitos assimilados, é necessário um grupo qualificado.
As peças que o treinador dispõe permitem a manutenção do modelo de jogo e cumprimento das tarefas solicitadas para determinada partida, ainda que a qualidade de um outro possa destoar.
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Claro que, para a estratégia ser executada, é preciso lapidá-la nos treinamentos. Por isso o treinador fala tanto em G1, G2 e G3 em suas entrevistas coletivas. Traduzido para a linguagem coloquial, nada mais é do que ter três times dentro do plantel, os quais cumprem as mesmas funções em campo. O que muda são os jogadores.
A academia, de onde Roger tira muito de sua linguagem mais teórica, também define o método como times sombra, ou fantasma. Portanto, para cada posição há um ou até dois reservas imediatos. Assim, quando ocorrem substituições, quem entra já está ciente de como contribuir.
A cada jogo evoluímos o conceito. Se apoia no modelo. A permanência e estrutura do modelo nos trouxe aqui. Está bom? Improvisa a partir do modelo. Está em dificuldade? Se apoia no modelo!
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Por óbvio, as trocas podem variar também de acordo com o que o jogo pede, como a troca de um volante por um atacante, ou de um atacante por um zagueiro.
– É uma disputa saudável. Sai o Gabriel (Carvalho), entra o Tabata, sai o Fernando, entra o Rômulo. Sai o Thiago Maia, entra o Bruno (Henrique). É assim que se constrói grupos vencedores. Não é com apenas 11 em campo – disse Roger após a vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-MG.
Entenda os times
O discurso do treinador mostra como ele pensa. Thiago Maia tinha como predileção atuar como primeiro volante. Porém, Roger entende que Fernando é o titular. Ou seja, caso optasse em atuar na posição, seria reserva. O camisa 29 não só aceitou a nova atribuição como virou o ponto de equilíbrio na engrenagem.
Time titular
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Bruno Gomes é o lateral-direito, após aproveitar as oportunidades quando o técnico o solicitou. Tem como primeira alternativa Braian Aguirre que, enfim, estreará pelo Colorado diante do Vasco, já que o camisa 15 cumprirá suspensão.
– O Bruno sustentou com dois cartões por muito tempo. Você não planeja porque tem situações mais urgentes. Mas os treinos para G1, G2 e G3 são iguais. Daremos questões diferentes, mas intensidade pelo lado não abro mão. Ajudar os pontas, ora amplitude, ora por meio-corredor, arrastar o marcador para o fundo de campo. Isso não teremos dificuldades – comentou Roger depois da vitória sobre o Fluminense.
É claro que nem todos os jogadores têm as mesmas características. Na lateral esquerda, Bernabei, outra aposta de Roger, se destaca pelo ímpeto ofensivo. A principal virtude de Renê é o posicionamento e a construção pelo meio.
O camisa 6 também estará no time em São Januário, já que o argentino levou o terceiro cartão amarelo. O técnico, embora saiba a forma que o ex-flamenguista atuou no Inter, aposta no histórico na função para repetir as atribuições.
– O modelo com saída de 3 apoiada, que era a preferência do Coudet, se adaptava melhor com as características que o Renê desenvolveu ao modelo. Ele se adaptou, não era um lateral defensivo. O Renê tem um passe maravilhoso de último terço e vigor – acrescentou o técnico.
Time reserva (ou sombra, ou G2)
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A relevância de Alan Patrick, todavia, impede que tenha um substituto à altura. Além de o meia ser uma peça rara no mercado, o capitão colorado dá o ritmo e emprega qualidade ao time na organização das jogadas.
Gabriel Carvalho poderia cumprir a função, como ocorreu no período em que o camisa 10 estava fora por conta de lesão. Mas acabou utilizado na ponta direita assim que Alan Patrick retornou. Tem sido opção a Bruno Tabata na meia direita.
Com o estilo consolidado, Roger trabalha para colocar o Inter ainda mais acima na tabela. O período da Data Fifa serve para testar alternativas até a partida. O confronto com o Vasco, válido pela 34ª rodada do Brasileirão, será disputada às 20h em São Januário.
Roger Machado trabalha para ajustar o Inter
Ricardo Duarte/Divulgação, Internacional
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