Lucilene Gonçalves Machado foi morta em frente à sua esmalteria após discussão com o marido, Erivaldo dos Santos Moura, de 50 anos. Sigilo de celulares foi quebrado. Lucilene, vítima de feminicídio, e Erivaldo, preso pelo crime
Acervo pessoal
A Justiça de Limeira (SP) aceitou denúncia do Ministério Público e tornou réu Erivaldo dos Santos Moura, de 50 anos, por matar a esposa a facadas, no dia 30 de setembro, em Limeira (SP). Flagrado ainda com a arma do crime, ele está preso desde o dia do feminicídio.
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Lucilene Gonçalves Machado tinha 44 anos e era dona de uma empresa de esmalterias, na Rua Pedro Zaccaria, no Jardim Nova Itália. Vizinhos informaram que uma briga entre o casal começou dentro da empresa da vítima e terminou na calçada, onde ela recebeu nove facadas. Lucilene morreu no local.
O policial militar Fábio Canella, flagrou o crime enquanto ainda estava acontecendo, quando Erivaldo estava sobre a vítima, desferindo os golpes.
A princípio, eu achei que ele estava batendo nela. Posteriormente, a hora que ele retirou a faca do corpo dela, pude presenciar que ele estava esfaqueando essa pessoa, explicou o PM.
Homem é suspeito de matar esposa a facadas em Limeira
PMs chegaram a negociar com acusado
Erivaldo foi preso ainda no local, pouco depois do ataque, ainda com a arma do crime e a vítima ao seu lado. Ela morreu antes que pudesse receber atendimento médico.
Vídeo ao qual a EPTV, afiliada da TV Globo, teve acesso, mostra policiais militares negociando com o autor do crime, que depois de um tempo joga a faca no chão e se entrega (assista ao vídeo acima).
A Guarda informou que os dois eram casados e moravam juntos. Esse foi o segundo feminicídio de 2024 em Limeira.
Policiais militares no local do crime, em Limeira
Wagner Morente
Quebra de sigilo de telefones
Ao acolher a denúncia do MP, o juiz Wilson Henrique Santos Gomes, da 1ª Vara Criminal também atendeu a pedido da Polícia Civil e quebrou sigilo de telefones celulares apreendidos durante a ação policial, para andamento das investigações sobre o crime.
Defiro, assim, a representação da autoridade policial e determino a quebra de sigilo de dados e aplicações dos aparelhos de telefones celulares, para obter todo conteúdo existente, em especial, mensagens e diálogos havidos do aplicativo WhatsApp e outros similares, armazenados no aparelho telefônico, para fins de realização de perícia, consultas e análise dos dados. incluindo chamadas, mensagens, áudios, dados disponibilizados pela rede mundial de computadores e quaisquer outros documentos que possuam relação com o delito de homicídio ou outros que lhe sejam conexos, detalhou o magistrado.
Erivaldo é representado na ação pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo, que informou ao g1 que se manifesta apenas nos autos em processos criminais.
Delegado Leonardo Burger no local; caso vai ser investigado pela Polícia Civil
Wagner Morente
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