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Agenda ESG: Tecnologia e sustentabilidade no combate às mudanças climáticas

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Com informações do G1

27/09/2024 por Redação

Especialistas se reuniram no Grupo Tribuna para discutir preservação marítima Agenda ESG 2024 aconteceu nesta terça-feira (24)
Alex Ferraz/A Tribuna
A Agenda ESG 2024, evento realizado pelo Grupo Tribuna, aconteceu nesta terça-feira (25) com o tema Rumo à Agenda 2030, e destacou a importância de ações imediatas e coordenadas para enfrentar os desafios climáticos e ambientais, com foco especial na preservação dos oceanos.
A abertura foi marcada pelo relato de Heloisa Schurmann, renomada navegadora internacional, velejadora, escritora e ambientalista, que compartilhou as experiências da Família Schurmann em quatro décadas de navegação e a criação do projeto Voz dos Oceanos.
A iniciativa, segundo Heloisa, nasceu da urgência de combater a poluição plástica nos mares, que invade os oceanos a uma taxa alarmante de 13 milhões de toneladas por ano.
Suas três voltas ao mundo a bordo de um barco com a família revelaram o impacto devastador do lixo marinho até mesmo em ilhas desertas, impulsionando a missão de dar voz ao oceano e conscientizar o público global sobre a crise.
Quando chegamos a ilhas remotas e vimos praias cobertas de plástico, percebemos que precisávamos agir, contou Heloisa, ao enfatizar a responsabilidade de cada um em proteger o meio ambiente. A navegadora ressaltou o impacto da destruição dos oceanos, que são vitais para a regulação do clima e a produção de oxigênio no planeta.
O projeto Voz dos Oceanos já atua em múltiplas frentes, desde a expedição e mapeamento da poluição até a criação de um programa educacional e científico que visa promover soluções concretas e sensibilizar as futuras gerações.
Heloísa Schurmann, durante evento
Alex Ferraz/A Tribuna
Tecnologias inovadoras
O evento também contou com um painel sobre Compromissos e Desafios Rumo à Agenda 2030, mediado por Gesner Oliveira, sócio da GO Associados e professor da FGV, e Arminda Augusto, representando o Grupo Tribuna.
Otacilio do Nascimento, gerente de Comunicação da Toyota, trouxe à tona o papel das tecnologias inovadoras, como carros movidos a hidrogênio e híbridos flex, no combate às emissões de carbono. Ele reconheceu os desafios de infraestrutura no Brasil para suportar a expansão dos carros elétricos.
“Estamos comprometidos com a redução do carbono, mas precisamos avançar na criação de redes de recarga e na acessibilidade das tecnologias”, afirmou, destacando que, enquanto o país lida com problemas sociais urgentes como a fome e a educação, a eletrificação precisa ser integrada de forma equilibrada.
O conceito de tecnologia solar flutuante foi apresentado por Jose Luiz Wald, Diretor Financeiro da KWP. Isso oferece vantagens como a preservação do solo e a eficiência energética.
Ele destacou que, com a solar flutuante, há um aumento de 15% na produção de energia em comparação às usinas solares em solo, além da significativa redução da evaporação de água, preservando os recursos hídricos do país.
“Estamos aproveitando o potencial dos reservatórios e contribuindo para a preservação do solo e da água”, explicou.
Descarbonização de empresas
Béatrice de Toledo Dupuy, gerente-executiva de Sustentabilidade da Santos Brasil, reforçou o compromisso da empresa com a descarbonização total de suas operações até 2040.
Ela destacou a criação de um plano de transição climática que envolve desde a preparação dos cais para receber navios elétricos até o uso de fontes renováveis para compensar as emissões. Nossa sustentabilidade não é apenas uma meta, é uma responsabilidade que envolve nossos clientes e fornecedores. Trabalhamos juntos para que toda a cadeia produtiva se mova em direção à neutralidade de carbono, afirmou Béatrice.
A descarbonização total das empresas é crucial para mitigar as mudanças climáticas e reduzir a quantidade de gases de efeito estufa na atmosfera. Ao eliminar ou compensar as emissões de carbono, as empresas ajudam a limitar o aquecimento global, que está diretamente ligado ao aumento de eventos climáticos extremos, como enchentes, secas e tempestades.
Esse processo é vital para proteger os ecossistemas naturais, garantir a disponibilidade de recursos, como água e energia, e preservar a qualidade de vida das gerações futuras.
Rodovias em pauta
As rodovias enfrentam desafios na transição para uma economia de baixo carbono. Moisés Basilio, gerente de sustentabilidade da Ecovias, ressaltou o tema. “Embora a instalação de carregadores elétricos já tenha começado, a real dificuldade está em garantir que eles sejam de carga rápida e preparados para suportar o crescimento da frota elétrica no Brasil”, afirmou Moisés, reforçando a importância de políticas robustas e parcerias com o setor privado para viabilizar essa transição.
A transição para uma economia de baixo carbono nas rodovias envolve desafios técnicos e de infraestrutura. A instalação de carregadores elétricos requer mais do que apenas espaço físico; é necessário garantir que esses equipamentos sejam de alta capacidade e estejam disponíveis em áreas estratégicas para suportar uma frota crescente de veículos elétricos.
Além disso, a adaptação das redes de energia para suportar a demanda de carga rápida é um fator crítico. Isso exige investimentos substanciais e a coordenação entre concessionárias, empresas de energia e governos para criar uma infraestrutura robusta e eficiente.
Agenda ESG 2024
A Agenda ESG é uma iniciativa que promove o debate sobre temas fundamentais para o futuro das empresas e da sociedade, como sustentabilidade ambiental, responsabilidade social e governança corporativa. A edição de 2024 reafirma seu papel como um espaço para compartilhar experiências, discutir inovações tecnológicas e encontrar soluções para os desafios globais, como a crise climática e a degradação dos oceanos.
O evento, realizado anualmente, reúne líderes de diversos setores que se comprometem a avançar na agenda ESG, buscando integrar práticas sustentáveis em suas operações e desenvolver estratégias que beneficiem tanto o meio ambiente quanto a sociedade. O projeto tem patrocínio da Ecovias, Terracom e Santos Brasil.

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