Assim como outros idiomas do mundo, língua de sinais não é universal. No Brasil, se usa libras, língua brasileira de sinais. Libras não é universal.
Pexels / Foto ilustrativa
O Dia Nacional do Surdo é comemorado nesta quinta-feira (26). A data foi oficializada em 2008 e escolhida por marcar a fundação da primeira escola de surdos no país. Uma das formas que os surdos usam para se comunicar é a língua de sinais.
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👉 Assim como outros idiomas do mundo, a língua de sinais não é universal — ou seja, cada país tem sua própria. No Brasil, se usa libras, a língua brasileira de sinais. A modalidade é gestual-visual, trazendo expressão por meio da união de sinais e expressões faciais.
Fabiane Pagy, professora da Universidade de Brasília (UnB), explica que a língua de sinais também está ligada a cultura e vivência de cada povo, impossibilitando a existência de uma língua universal.
Cada país tem sua língua de sinais, que não está presa ou relacionada à língua oral do país, tanto que existem países que tem em comum a língua oral, como os Estados Unidos e a Inglaterra, mas que possuem línguas de sinais diferentes, que são a língua americana de sinais (ASL) e a língua britânica de sinais (BSL), explica a professora.
Na comunidade surda, existem os sinais internacionais — ou gestuno. O objetivo é usá-los em contextos acadêmicos e eventos internacionais. No entanto, especialistas explicam que não é considerado uma língua universal e seu uso não é usual.
👉 Confira aqui o dicionário de libras do governo federal
Algumas línguas de sinais pelo mundo 🌎:
Sinais de Libras, em imagem de arquivo
Reprodução/ EPTV
Brasil: língua brasileira de sinais (libras)
Estados Unidos: língua americana de sinais (ASL)
França: língua de sinais francesa (LSF)
Portugal: língua gestual portuguesa (LGP)
Austrália: língua de sinais australiana (AUSLAN)
Superando o preconceito 🤾🏻♀️
Pammelleye Katherine jogadora de vôlei da Federação Brasiliense Desportiva dos Surdos
Arquivo pessoal
Jogadora de vôlei, Pammelleye Katherinne conta que o interesse pelo esporte surgiu aos 15 anos. No entanto, ela, por ser surda, teve que deixar de praticar pela falta de acessibilidade.
Depois da pandemia de Covid-19, Pammelleye retomou a paixão ao descobrir a Federação Brasiliense Desportiva dos Surdos. Atualmente, a atleta participa de campeonatos de vôlei pela federação. Apesar do apoio, ela diz que ainda são muitos a serem enfrentados, dentro e fora das quadras.
O preconceito e a inacessibilidade pública para libras são dois pontos centrais e responsáveis por dificultar o dia a dia das pessoas surdas. Ainda existem pessoas que discriminam o surdo, que enxergam a deficiência como exceção, condição a ser superada ou corrigida, e não como diversidade e valorização do respeito às diferenças, desabafa a atleta.
No esporte, Pammelleye encontrou uma comunidade que a acolhe. O vôlei também se tornou uma ferramenta de força e combate ao preconceito, segundo ela.
Por meio do esporte, os surdos podem demonstrar sua capacidade à sociedade, fortalecer sua autoestima, entre outros inúmeros benefícios, contribuindo com a inclusão social, completa a jogadora de vôlei.
Bial questiona convidadas sobre libras
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