Treinador pode ser colocado como um dos principais responsáveis pela queda nas quartas de finais da competição O Juventude encerrou a participação na Copa do Brasil de forma melancólica. Com pouco futebol e escolhas equivocadas do técnico Jair Ventura, o time gaúcho tentou jogar com o regulamento embaixo do braço, mas pagou um preço caríssimo. Retraído e sem forças para atacar, acabou sofrendo o gol da eliminação no último lance da partida. A derrota por 3 a 1 para o Corinthians colocou fim ao sonho de repetir o feito de 1999.
Corinthians 3 x 1 Juventude | Melhores momentos | Quartas de final | Copa do Brasil 2024
Depois de conquistar uma vantagem em casa ao vencer por 2 a 1, o técnico Jair Ventura apostou em uma mudança no meio-campo na tentativa de fortalecer a marcação. O meia Nenê deu lugar ao volante Luís Oyama. No papel, a modificação parecia uma boa opção, principalmente, prevendo a pressão do rival. No entanto, a partir do apito inicial, a impressão mudou.
Apesar de ter jogadores com maior capacidade de marcação no meio, o Ju encontrava dificuldades para neutralizar as investidas pela faixa central, com destaque para os avanços de Garro e Talles Magno. Em superioridade nas ações pelo setor, o Corinthians abriu o placar justamente por ali. Aos 28, Talles ficou com bola na frente da área e, com tempo, achou Romero em progressão na área. O paraguaio finalizou cruzado para abrir o marcador.
Mesmo sem ímpeto ofensivo, o Juventude respondeu de forma imediata. Após cobrança de escanteio, Hugo Souza não conseguiu encaixar e acabou jogando contra o próprio patrimônio. O lance chegou a ser checado no VAR por uma possível falta de Zé Marcos em Fagner e no goleiro, mas o árbitro confirmou a igualdade. Minutos antes, um gol do zagueiro já havia sido anulado por falta no goleiro.
Jair Ventura em eliminação do Juventude
Marcos Ribolli
Com o empate, o caminho da classificação parecia sedimentado para o Juventude. No entanto, a postura conservadora e defensiva na etapa final custou a tão sonhada classificação para a semifinal da Copa do Brasil.
Logo após os 15 minutos do segundo tempo, Jair Ventura passou a ser um dos protagonistas da partida pelo lado negativo. O técnico optou por recuar ainda mais a equipe com a entrada do zagueiro Lucas Freitas no lugar do volante Luís Oyama e de Edson Carioca na vaga de Ronie Carrilo. As modificações se mostraram equivocadas.
Com apenas dois no meio, o Ju passou a ceder ainda mais espaços e o Corinthians começou a levar perigo nos arremates de média distância. Além disso, a escolha chamou o time paulista ainda mais para cima do Papo e deu fim a qualquer ligação entre defesa e ataque do Ju, visto que o time possuía três atacantes e apenas dois volantes para fazer a conexão.
PC de Oliveira analisa lances polêmicos de Corinthians x Juventude
Mesmo com o campo demonstrando a necessidade de povoar a faixa central, Jair desconsiderou essa possibilidade nas alterações seguintes. Com Nenê, Jean Carlos e Mandaca no banco, optou pelo lateral Ewerthon e os extremas Diego Gonçalves e depois Marcelinho.
No entanto, a frase futebol se ganha no meio-campo imperou mais uma vez. Aos 36, como em outras oportunidades, Garro teve liberdade na frente da área, finalizou, Gabriel espalmou e Zé Marcos acabou jogando contra o próprio gol.
O 2 a 1 levava a decisão para os pênaltis. Porém, em mais um descuido nos minutos finais, como aconteceu contra Fluminense e o próprio Corinthians no Alfredo Jaconi, o Ju deu adeus para a Copa do Brasil. Após cobrança de escanteio, aos 52 do segundo tempo, André Ramalho teve liberdade para cabecear sem ser incomodado por João Lucas.
Com o revés, o Ju foca todas as suas forças no Brasileiro. Na competição em questão, o time não vence a três jogos e está com o sinal de alerta ligado. O próximo desafio é no domingo, às 16h, contra o Fluminense, no Alfredo Jaconi.
