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Cuidador suspeito de assediar crianças é preso em Jundiaí; companheira continua solta

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

06/09/2024 por Redação

Esposa do homem era cuidadora de crianças dentro de sua residência. Ele é suspeito de assediar diversas vítimas. Prisão ocorreu nesta sexta-feira (6), na DDM de Jundiaí (SP). Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Jundiaí (SP)
Divulgação
A Polícia Civil prendeu, nesta sexta-feira (6), o homem suspeito de assediar sexualmente ao menos cinco crianças que ficavam sob o cuidado de uma babá, esposa do acusado, em Jundiaí (SP).
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Conforme boletim de ocorrência, os abusos aconteciam dentro da residência do casal, onde eles trabalhavam como cuidadores de crianças. O homem é suspeito de passar a mão nas partes íntimas das crianças, enquanto distraia-as com vídeos na internet.
A mulher, também investigada por suspeita de cúmplice e ter um mandado de prisão expedido, não foi presa. O caso segue sendo investigado pela DDM de Jundiaí, sob segredo de Justiça.
Denúncias
Ao g1, uma das mães, que preferiu não se identificar, ela precisou contratar a babá para não deixar os filhos sozinhos durante o período de seu expediente. Em julho deste ano, no entanto, resolveu dispensar os serviços por descuidos da dupla com as crianças.
Após dispensar o casal, a mulher recebeu a notícia de que o marido da babá era suspeito de abusar sexualmente de crianças. Por isso, ela resolveu questionar se a filha, de sete anos, havia passado por alguma situação suspeita.
Em agosto, uma das crianças se manifestou à mãe, dizendo que não queria mais ir à casa da cuidadora. Ela achou estranho e, durante a conversa, revelou os abusos. Perguntei para minha filha, que inicialmente disse não ter sofrido nada, mas presenciou o marido da babá passando a mão nas partes íntimas das colegas, relata.
Dias após o questionamento, a criança revelou para uma colega da família que o homem havia a colocado no colo para assistir vídeos de humor no computador e, enquanto isso, passou a mão em suas partes íntimas.
Ele decidiu assediá-la em um momento em que minha filha estava distraída. Ela contou que, quando cheguei para buscá-la e apertei o interfone, ele se assustou e tirou ela do colo imediatamente. A babá tentou fazer chantagem, dizendo que, se contasse para mim, ela seria demitida e iria passar fome, conta.
A mulher relata que, após a descoberta dos casos, mães de outras vítimas chegaram a ir ao apartamento do casal para obter esclarecimentos sobre a situação. As mulheres que já sabiam de tudo decidiram ir à casa deles. Quando cheguei, havia viaturas da polícia e a babá estava sendo encaminhada ao DP. Ela foi liberada logo em seguida.
Ainda segundo a mulher, o suspeito não estava na residência no momento. Desde a liberação de sua esposa, eles nunca mais foram vistos no apartamento, nem na região em que moravam anteriormente.
Antes do sumiço, ela chegou a mandar uma mensagem para uma das mães pedindo perdão por tudo que havia acontecido, diz a mãe.
Sensação de culpa
Após o ocorrido, a mãe descreve uma sensação inicial de culpa. Após explicar a gravidade da situação à filha, a família seguirá em busca de justiça.
É muito revoltante passar por tudo isso. No início, eu me culpei muito por ter depositado confiança naquela babá. É uma sensação de impotência porque, mesmo que eu faça tudo que eu puder fazer, minha filha vai lembrar para sempre do que ocorreu. É algo que não dá para apagar da cabeça dela, lamenta.
Agora, minha filha entende que tudo isso é muito errado. Antes, pela idade e inocência, ela achava que não passava apenas de uma brincadeira que o marido da babá fazia, pois ele denominava desta forma, complementa.
A criança passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) de Jundiaí, além de sessões com psicólogos. Os profissionais afirmam que seu estado de saúde mental é estável.
A psicóloga disse que ela está bem, na medida do possível. Não teve nenhuma alteração no comportamento, felizmente. O laudo do IML mostra que não há nenhuma anormalidade. Ainda que não tenha marcado o corpo, marcou o psicológico. Foi muito grave, diz.
Em nota, a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) afirma que as investigações estão sob segredo de Justiça. O caso foi registrado como estupro de vulnerável.
Tipos de Violência Doméstica Mob
Luisa Rivas | Arte g1
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