Entre os investigados estão dois servidores e dois ex-servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Delegacia da Polícia Federal em Campinas
Divulgação/Polícia Federal
A Polícia Federal de Campinas (SP) realiza na manhã desta quinta-feira (22) uma operação para investigar fraudes na concessão de 81 benefícios previdenciários de pensão por morte, que geraram um prejuízo superior a R$ 3 milhões.
Ao todo, a operação Vilipêndio cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, sendo dois na cidade de São Paulo, um em São José dos Campos (SP) e outro em Cambuí (MG). Todos foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Campinas.
Entre os investigados estão dois servidores e dois ex-servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Além dos mandados, a Justiça também determinou o afastamento dos sigilos fiscais, bancário e telemático (mensagens) dos investigados.
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Como o esquema funcionava?
Segundo a PF, uma organização criminosa atuava de maneira estruturada perante o INSS. O esquema envolvia desde a criação de beneficiários fictícios, por meio da simulação de filhos ou cônjuges dos falecidos, até a falsificação de documentos e certidões.
Como a investigação começou?
As apurações foram iniciadas a partir de dados obtidos por meio de celulares apreendidos durante prisões em flagrante de três mulheres em Itatiba (SP). Elas sacavam valores de benefícios de pensão por morte irregulares usando documentos falsos e cartões magnéticos.
Com esses dados, uma força-tarefa da Coordenação Geral de Inteligência da Previdência Social, em Campinas, concluiu que uma organização criminosa especializada em estelionato estava atuando com a participação de quatro servidores do INSS.
Se condenados, os quatro devem responder pelos seguintes crimes:
organização criminosa
estelionato
falsificação de documento público
inserção de dados falsos em sistema de informações
corrupção passiva
As penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
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