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Em Alenquer, pescadores assinam contratos do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

05/07/2024 por Redação

Projetos foram elaborados pela Emater e asseguram acesso a crédito rural para fomento à pesca artesanal. Homens e mulheres que atuam na pesca artesanal em Alenquer assinaram contratos de crédito rural
Emater-PA / Divulgação
Com projetos elaborados pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Alenquer, no Baixo Amazonas, e o apoio da prefeitura municipal, 50 pescadores, entre homens e mulheres, assinaram contratos do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO) com o Banco do Brasil (BB) para receber mais de meio milhão de reais. O recurso é destinado ao fomento da pesca artesanal, por meio da renovação de apetrechos, como a malhadeira.
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Dos 50 contratos assinados em Alenquer, 16 são de mulheres chefes de família, cada qual incorporando em média R$ 11 mil. A expectativa é de que, nas próximas semanas, outros 80 projetos de crédito rural para pescadores artesanais sejam aprovados no trâmite do BB. O acesso a esse crédito, segundo especialistas da Emater, encontrava-se inativado à categoria em Alenquer há 13 anos, por conta de entraves burocráticos.
De acordo com o chefe do escritório local da Emater em Alenquer, o técnico em agropecuária Waldomiro Yared, com a aquisição de novos utensílios, os pescadores devem aumentar a produtividade em 40%, de forma imediata.
“Na prática, significa modernização, reforma, atualização tecnológica. Nós atuamos com mobilização, conscientização, caminho de informação e resultado concreto das políticas públicas”, disse Yared.
Até o fim deste ano, o escritório local da Emater, planeja aumentar a quantidade de pescadores artesanais atendidos em mais de 400%, passando dos atuais 130 para pelo menos 700 na abrangência de 26 núcleos de pescadores. O contingente de 700 famílias ultrapassará a oportunidade de R$ 7 milhões de crédito rural.
Segundo Yared, os beneficiados são pessoas que trabalham há gerações com captura de espécies como tambaqui e aracu, em dimensões tais quais o Lago do Urubu e o próprio Rio Amazonas.
Famílias
Neta, filha e mãe de pescador, Sandra Bentes, de 37 anos, foi uma das beneficiadas com o contrato do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado. Ela sai de casa cedinho, na comunidade Boa Esperança, acreditando que a sorte do dia dependerá sempre da vontade divina. “Tem vez em que Deus diz: ‘Minha filha, hoje não é pra ti’, e a gente aceita, porque faz parte da nossa história”, disse.
Na pequena embarcação, que corta os lagos e igarapés da região a partir do rio São Pedro, Sandra Bentes chega a capturar até 70 quilos por semana de espécies como surubim e tucunaré.
Por meio do contrato assinado, a pescadora acaba de receber crédito específico para pesca artesanal. Assim como os primos Janderson Simões, de 30 anos, e Rick Simões, de 24 anos, moradores da comunidade Cabeça do Cuipeua, que pescam por semana cada um, em média, 400 quilos de peixe. Uma parte serve ao consumo dentro de casa e a outra é comercializada diretamente na vizinhança.
Pescadores com representantes da Emater e prefeitura de Alenquer-PA
Emater-PA / Divulgação
Netos de pescadores, foi a primeira vez que ambos tiveram a oportunidade de crédito rural.
“Nossa, vai ajudar é muito. Sem palavras. O custo isolado, se a gente fosse comprar sem política pública, seria muito alto pra nossa dinâmica de faturamento e lucro”, disse Janderson.
Rick, acostumado a pescar desde a infância, considera-se enfim contemplado. “Chegou a nossa vez”, resumiu.
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