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Capitão da PM confessa ter escondido no forro do banheiro arma usada para assassinar casal em disputa por terras em Roraima

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

02/07/2024 por Redação

Oficial da PM Helton John Silva de Souza, de 48 anos, era chefe da equipe de segurança do governador, mas foi afastado após o duplo homicídio. Ele disse que o empresário foragido Caio Porto foi quem deus os tiros que matou o casal Flávia Guilarducci e Jânio Bonfim. Capitão Helton John Silva de Souza, de 48 anos, era chefe da segurança do governador de Roraima
Arquivo Pessoal
O capitão da Polícia Militar Helton John Silva de Souza, de 48 anos, confessou ter escondido na própria casa a arma usada no assassinato do casal de agricultores Flávia Guilarducci, de 50 anos, e Jânio Bonfim de Souza, de 57. Ele está preso e era chefe da segurança do governador quando ocorreu o crime.
A confissão de Helton ocorreu em depoimento à Polícia Civil no dia 28 de junho. Após isso, investigadores foram até a casa dele e encontraram a arma escondida no forro do banheiro. O suspeito disse ainda que o amigo e empresário Caio Medeiros Porto foi quem deu os tiros que mataram o casal. Caio está foragido.
Flávia e Jânio foram atacados a tidos no dia 23 de abril na vicinal do Surrão, município do Cantá, Norte de Roraima. Ele morreu um dia depois. Ela após três dias internada no Hospital Geral de Roraima (HGR), em Boa Vista.
O g1 procurou a defesa do capitão da PM e aguarda resposta.
No depoimento, Helton afirma que embora estivesse na fazenda do casal no dia do crime, o assassinato foi cometido por Caio Medeiros Porto, que reivindicava uma parte da propriedade de Flávia e Jânio.
Em nota, a defesa do empresário foragido, disse que a acusação de Helton é desprovida de prova. Esse sujeito fez uma acusação desprovida de prova, e a polícia desde o começo mantendo o PM preso forçou-o a acusar Caio. Qual a credibilidade que se pode dar a uma declaração dessas, nessas condições? Por esses dias esse PM vai ser posto em liberdade como “prêmio” por acusar um inocente. É assim que a polícia trabalha, disse, em nota, a defesa.
Após o duplo homicídio, o capitão decidiu pegar a arma, uma pistola calibre 380, e esconder em um compartimento da própria casa em um banheiro. Helton indicou à Polícia Civil o local e a pistola foi apreendida, e encaminhada à perícia.
No dia do crime, o capitão ocupava a função de coordenador da equipe de segurança do governador do estado, conforme investigação da Polícia Civil que a Rede Amazônica teve acesso. Mas, seis dias depois do ataque ao casal, foi afastado e colocado à disposição da Polícia Militar.
Ao todo, até a agora, a Polícia Civil identificou quatro suspeitos de envolvimento no assassinato do casal: o capitão, que está preso, o empresário, que está foragido, além de Genivaldo Lopes Viana, de 53 anos, Luiz Lucas Raposo da Silva, de 35, e Johnny de Almeida Rodrigues que chegaram a ser presos, mas já estão em liberdade.
Morte do casal em Surrão
Flávia Guilarducci e Jânio Bonfim foram baleados após ter a casa onde viviam invadida por quatro homens, em Roraima.
Arquivo pessoal
O crime contra o casal aconteceu em uma terça-feira, no dia 23 de abril, na vicinal do Surrão, na propriedade do casal. Jânio Bonfim morreu no dia do ataque. Já a esposa, Flávia, ficou internada em estado grave, mas não resistiu e morreu no Hospital Geral de Roraima.
Antes de ser baleada, Flávia gravou as vozes dos suspeitos quando eles chegaram na propriedade e capturou toda a discussão e o ataque a ela e o marido. Foi por meio dessa gravação que a Polícia Civil conseguiu identificar os autores do crime, incluindo o empresário Caio e o capitão Helton.
Áudio registra conversa e seis tiros em 15 segundos no assassinato de casal em disputa por
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